Processo contra João Paulo Cunha será votado pelo plenário da Câmara
Brasília - O plenário da Câmara vota na quarta-feira (29) o processo que pede a cassação do ex-presidente da casa, deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Ele sacou R$ 50 mil das contas do empresário Marcos Valério no Banco Rural. Em sua defesa, afirmou que o dinheiro foi usado para pagar pesquisas de opinião em Osasco, região metropolitana de São Paulo. A justificativa não convenceu os parlamentares do Conselho de Ética que, por nove votos a cinco, aprovou relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), recomendando a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro. O parecer do conselho será julgado pelo plenário da Casa, que tomará a decisão final. Para a cassação ser confirmada, é necessário que 257 deputados votem a favor da punição. A votação é secreta e por meio de cédulas. Caso não haja o mínimo de votos favoráveis à cassação, o processo é arquivado. Se o deputado tiver o mandato cassado, ele perderá parte dos direitos políticos por oito anos, mais o restante do mandato, o que implica dizer que o parlamentar cassado estará impedido de disputar eleições até 2015.
João Paulo é um dos 19 citados em relatório parcial conjunto das Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito dos Correios e da Compra de Votos (já encerrada) como beneficiário de dinheiro das contas do empresário Marcos Valério, apontado como operador de um esquema de pagamento de mesadas a parlamentares em troca de apoio ao governo. Desde a abertura dos processos o plenário cassou três deputados e absolveu sete.
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