PT confirma que apresentará voto em separado na CPMI
A confirmação sobre o texto substitutivo do PT ao relatório da CPMI foi feita depois de reunião de líderes da base aliada. Fontana não adiantou as mudanças do "substitutivo".
Entre as críticas do partido ao relatório final apresentado ontem está a ausência de qualquer menção ao banqueiro Daniel Dantas. Fontana lembrou que Dantas teve relações "suspeitas" com fundos de pensão e é um dos maiores anunciantes das agências de Marcos Valério. O líder acredita que a continuidade das investigações pelo Ministério Público e pela Polícia Federal vai demonstrar que ele é um dos principais financiadores do "valerioduto". Henrique Fontana também apontou a ausência de investigações sobre o esquema de Marcos Valério antes das transações com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. "Ele desenvolveu essas técnicas com o PSDB e, infelizmente, Delúbio o convenceu a mudar de partido."
Mudanças técnicas
O líder do PT nega, no entanto, a possibilidade de conflitos na CPMI que poderiam inviabilizar a aprovação de um relatório final. Ele acredita que as divergências poderão ser resolvidas em negociações com o relator. Fontana acredita que, se os problemas técnicos forem resolvidos, as diferenças políticas podem ser contornadas. O relatório, segundo ele, precisa se ater a fatos. Ele cita como exemplo as denúncias sobre o "mensalão". Na avaliação do partido, isso não foi comprovado. As investigações da CPMI, segundo ele, demonstraram apenas transferências ilícitas de dinheiro entre partidos. As trocas de partidos e as votações no período não comprovam, em sua opinião, a tese do "mensalão". Ele lembra que as mudanças de partido por parlamentares nesta legislatura foram em número semelhante às da legislatura anterior, durante o Governo Fernando Henrique Cardoso.
O líder do PL, deputado Luciano Castro (RR), que também participou da reunião, afirmou que a base aliada quer evitar confrontos e pretende viabilizar a votação de um relatório final para a CPMI. Castro afirmou, no entanto, que os indiciamentos, por exemplo, têm que ser recomendados com base em fatos e provas.
As informações são da Agência Câmara, com reportagem de Marcello Larcher e edição de Paulo Cesar Santos
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