Compadre de Lula nega esquema de corrupção para uso de caixa 2 do PT
O advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,negou nesta quinta-feira (20), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, que tenha participado de qualquer esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras administradas pelo PT para ser usado em futuras campanhas eleitorais do partido. Ele chegou a exibir uma certidão expedida pela direção nacional do PT eximindo-o das acusações, tomando por base o relatório final de uma comissão interna criada pelo diretório regional paulista do partido para apurar as denúncias.
O relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse preferir que Teixeira apresentasse à CPI uma certidão negativa da própria comissão interna que apurou as denúncias, e não do diretório nacional do partido, como ocorreu. O relatório, observou o senador, chegou à conclusão de que Teixeira cometera irregularidades. Na época, o documento foi assinado por personalidades conceituadas do PT, entre eles Hélio Bicudo e Paul Singer.
Roberto Teixeira afirmou, entretanto, que a comissão interna inseriu no relatório apenas "suposições" de que poderia ter havido irregularidades nas chamadas fórmulas de cálculo dos serviços prestados pela Consultoria para Empresas e Municípios (CPEM). Mas o documento, segundo ele, jamais atestouque houve arrecadação irregular de recursos.
Em recente depoimento à CPI dos Bingos, Paulo de Tarso Venceslau, ex-secretário de Finanças nas prefeituras de Campinas e de São José dos Campos, acusou Roberto Teixeira de usar, no final dos anos 90, a CPEM - empresa da qual, segundo o petista, Teixeira seria proprietário - para montar um esquema de arrecadação ilícita de recursos junto a administrações petistas, a partir de contratos com a empresa. O dinheiro arrecadado, segundo Venceslau, era desviado para a formação de caixa dois do PT.
Teixeira negou não só as acusações, mas também a informação de que seria dono da empresa. Ele contou que chegou a ingressar na Justiça contra Venceslau, o jornal O Estado de S. Paulo, além da revista Veja, por terem publicados matérias consideradas por ele"inverídicas".
- Nunca coloquei os pés na prefeitura de São José dos Campos e jamais fui proprietário ou sócio da CPEM. Desafio qualquer pessoa a apresentar provas em contrário - retrucou Teixeira, ao deixar claro que a CPEM chegou a atuar legalmente como consultora em mais de 40 municípios no estado de São Paulo, atendendo a quase todos os partidos políticos, num total de cerca de 300 prefeituras. Para ele, o seucomportamento em todos os momentos "foi o mais ético possível".
As informações são da Agência Senado
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