Invasores são encaminhados para Instituto de Identificação
"O inquérito está sendo conduzido por um servidor da Câmara, que tem à sua disposição o aparato da Secretaria de Segurança Pública do DF. Isso permite que o processo seja conduzido com celeridade e todos os detidos estejam à disposição da Justiça ainda hoje", disse o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio.
Dos 537 adultos que participaram da invasão, 12 manifestantes identificados como líderes estão na 2ª DP enquanto os demais estão no Ginásio Nilson Nelson. Eles vão responder por formação de quadrilha, dano ao patrimônio e corrupção de menores. Bruno Maranhão, Davi Pereira da Silva e Arildo Joel da Silva serão autuados também por tentativa de homicídio. Os dois primeiros são acusados de liderar a invasão e Arildo Joel da Silva é apontado como agressor do servidor da Câmara que sofreu traumatismo craniano, Normando Fernandes.
Os 42 menores de idade já foram encaminhados ao SOS Criança.
Ato pacífico
Bruno Maranhão, líder do Movimento pela Libertação dos Sem-Terra (MLST) acusado de incitar a invasão da Câmara ontem à tarde, afirmou que estava prevista uma manifestação pacífica. "Não era para ter violência. Não foi planejado isso", disse. Ele afirmou que uma evidência disso é a carta que diz ter entregue ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo, - depois de iniciada a confusão -, com as reivindicações do movimento. "Por que entregaria ao presidente da Câmara uma carta falando de um objetivo e prepararia uma ação violenta?", questionou. Maranhão disse que, no momento em que soube da confusão, estava justamente fazendo ajustes no documento no gabinete do deputado Nelson Pellegrino (BA), ex-líder do PT. Segundo ele, o Congresso foi escolhido como palco da manifestação para encerrar uma jornada de luta do MLST, de um mês em dez estados, "porque é o espaço do Poder Legislativo". Ele assinalou que, quando se fala em reforma agrária, só se pensa no Executivo e lembrou a importância de determinados projetos de lei para essa reforma, como a atualização do índice de produtividade, que é de 1940.
As informações são da Agência Câmara
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