Artigo: Em busca dos grandes bagres
O coordenador do projeto, o pesquisador Ubiratan Piovezan explica que a proposta é inovadora por envolver os pescadores profissionais que trabalham de forma artesanal e que não participam da cadeia de serviços e produtos relacionados ao turismo de pesca praticado no Pantanal. “O projeto encontra-se em fase de avaliação junto aos pescadores amadores, mas a idéia tem se mostrado muito interessante e tem potencial para atrair novos clientes como, por exemplo, as esposas de pescadores que visitam a região e que, até o momento, não eram alvo das empresas de turismo de pesca”, destaca Piovezan.
Nesse roteiro, o pescador amador (turista) tem a oportunidade de vivenciar o modo de vida dos pescadores da região, sendo desafiado a capturar sua própria isca, um piau conhecido como ximburé, de forma artesanal. Após a captura do ximburé, feita com a ajuda de uma varinha e de plantas aquáticas colhidas no próprio rio, inicia-se a busca dos bagres. Os apetrechos dos pescadores artesanais (linhada de mão) estarão à disposição dos visitantes. O programa inclui ainda um tradicional almoço preparado na beira do rio à moda pantaneira. Se for bem sucedido em sua pescaria, o turista pode ainda deliciar-se com o produto de sua pescaria preparado na brasa. Por fim, o merecido descanso na rede acompanhado de “causos” e um bom tereré.
“O encontro entre duas culturas distintas já é, por si só, um atrativo”, ressalta o pesquisador Agostinho Catella, colaborador da pesquisa. Ele acredita que, se o produto for viável, poderá configurar-se como mais uma opção de renda para os pescadores artesanais da região e como uma nova modalidade de serviço a ser oferecido pelo setor turístico pesqueiro aos clientes.
Por outro lado, o professor Milton Mariani, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que também é parceira do projeto, entende que o perfil do visitante e do pescador profissional que irá acompanhá-lo é de fundamental importância na questão e pode limitar a adoção do roteiro, caso este se mostre como um produto turístico importante para a região, futuramente.
Serviço – O roteiro elaborado pelo projeto “Uso sustentável da fauna silvestre”, conduzido pela Embrapa Pantanal, encontra-se em fase de avaliação com o apoio do Hotel Gold Fish que está organizando as saídas. Mais informações podem ser solicitadas aos pesquisadores envolvidos no projeto, nos endereços piovezan@cpap.embrapa.br, catella@cpap.embrapa.br e miltmari@terra.com.br
Fonte: Denise Justino da Silva – MTb/MS 129
Jornalista Embrapa Pantanal - denise@cpap.embrapa.br
Fone: (67) 3233-2430, ramal 307
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