Delcídio diz que André 'é candidato fujão'
Segundo o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, fujão é "adjetivo e substantivo masculino e significa que ou o que está constantemente fugindo."
Delcídio disse que "nós 'temo' que votar em quem tem proposta, um debate como esse traz, efetivamente, à discussão, as propostas dos candidatos; não ir [ao debate] significa ser um candidato 'fujão', que não tem propostas e que os famosos '15 pontos' [referência aos 15 pontos do programa de governo de André Puccinelli, inspirados no número 15 do seu partido, o PMDB] são totalmente subjetivos, não levam a população a, efetivamente, entender o que se propõe, o que se projeta para o futuro do nosso Estado e não querem debater porque não têm programa nenhum, é a mesmice de sempre, que todo mundo conhece."
A declaração foi feita depois da participação de Delcídio, nesta semana, num debate com outros três candidatos ao governo, promovido pela Universidade Federal da Grande Dourados, no sul de Mato Grosso do Sul.
A sua assessoria enviou a gravação do comentário feito acima por meio de e-mail à rádio Independente.
Para ouvir a gravação com Delcídio do Amaral, clique AQUI
Comentário do blog: O meu conterrâneo e senador Delcídio do Amaral afirma que candidato que não comparece aos debates é "fujão".
Bem, como conheço o "boa-praça que dá cutucadas a todo momento" Delcídio e também o "italiano de pavio curto" Puccinelli, posso escrever que fico pensando com os meus botões: Quer dizer que, quando o presidente Lula vier ao Estado, para participar de comício e apoiar a candidatura de Delcídio ao governo, será chamado também de "candidato fujão"?
Penso na bela manchete que daria: "Candidato fujão vem ao MS apoiar senador que não foge"
Afinal, sem querer ofender ninguém - e muito menos o Presidente da República -, sabe-se que, nesta campanha, com o confortável primeiro lugar na preferência do eleitorado, indicado por todas as pesquisas de opinião pública, o presidente Lula tem, sistematicamente, evitado, ou "fugido" de todos os debates. Até mesmo uma entrevista ao jornal "O Globo", do Rio, ele evitou. O jornal carioca marcou um golaço na História da mídia impressa - elogiado até mesmo pelo "Observatório da Imprensa" -, publicando as perguntas dos seus jornalistas e deixando em branco os espaços destinados às respostas do candidato-presidente.
Na sua coluna de hoje, o jornalista Cláudio Humberto publica, relembrando o passado:
“Presidente que foge de debate mostra que prefere ficar escondido atrás de publicidade paga com dinheiro do povo, em vez de ir para o ringue lutar em igualdade de condições”. (Lula, em 1998, atacando FHC).
Será que Delcídio, mantendo-se o raciocínio exposto por ele próprio na notícia que postei acima, chamaria Lula de "candidato fujão" na recepção ao presidente, no Aeroporto Internacional de Campo Grande?
"E aí, fujão? Veio ao Mato Grosso do Sul dar apoio a este pantaneiro que não foge de debates com os candidatos ao governo?", diria Delcidio.
Lula responderia: "O que é que é isso, companheiro? Está me estranhando? Não provoque a minha língua, hein, senadorbras?"
Seria um diálogo realmente impagável. Mas, no entanto, porém, todavia, ficará apenas na imaginação deste repórter que permanece acompanhando uma campanha morna, sem grandes ataques, debates, revelações, denúncias e outras explosivas situações que eram observadas em anos anteriores.
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