Ex-administradora do Hospital da Cidade dá nova versão e desmente o que ela própria disse em entrevista ao vivo e gravada
Nela, a ex-administradora do Hospital da Cidade, mantido pela Associação Aquidauanense de Assistência Hospitalar, apresentou uma nova versão, bem diferente daquela que disse, em entrevista ao vivo, iniciada às 12h02 de ontem (26), na rádio Independente - e que tenho gravada no meu arquivo e que foi publicada em texto aqui no blog -, e que se prolongou até pouco depois das 12h31.
O leitor do blog verá, abaixo, as contradições apresentadas na nova entrevista, publicada às 19h39 de ontem (26).
Às 12h03, a advogada Célia Trindade disse para mim e aos milhares de ouvintes da rádio Independente (o texto completo da entrevista está postado aqui no blog):
Célia Vaz de Campos Trindade - Armando, eu quero, primeiro, esclarecer que, dos R$300 mil, não saiu nenhum R$30 mil. (Grifo do blog) Os R$300 mil foram depositados, na sua íntegra, na Caixa Econômica Federal, para atender ao pagamento de pessoal. Só que os R$300 mil não seriam suficientes para cobrir o pagamento de, como nós fizemos no dia 22 [de dezembro, sexta-feira], com a transferência da manutenção da conta saúde, que é a empresa que mantém o nosso sistema de AIH (Autorização de Internação Hospitalar) e, bem como, dos funcionários prestadores de serviços.
No entanto, às 19h39, a mesma advogada Célia Trindade, em Campo Grande, muda a versão, desmentindo o que ela própria dissera no início da tarde. Leia abaixo:
“Os R$ 30 mil fazem parte dos R$ 300 mil repassados ao hospital, e estão na Caixa Econômica Federal. Tenho uma declaração do gerente do banco comprovando que o dinheiro não foi movimentado”, ressaltou.
Afinal, ínclita e conceituada advogada Célia Trindade, respeitada - pois a senhora disse ontem, para mim, no ar e ao vivo que "você [referindo-se a mim, repórter Armando Anache] conhece, eu tenho 13 anos naquele Hospital" - ex-administradora do Hospital da Cidade, onde está o compromisso com a verdade? Na primeira declaração que a senhora deu às 12h03 a este repórter e que foi publicada no blog, ou na segunda, publicada às 19h39 em Campo Grande? Qual o motivo para a mudança de versão?
Na mesma entrevista, publicada às 19h39 em Campo Grande, a advogada Célia Trindade nega "... as informações divulgadas ao longo do dia, sobre um saque que teria sido feito na conta usada para o pagamento dos funcionários da unidade, no valor de R$ 30 mil."
Ora, advogada Célia Trindade, este repórter e blogueiro perguntou à senhora (em jornalismo impresso não se utiliza o pronome de tratamento 'senhora', mas aqui no blog usarei em sinal de respeito) se o saque citado acima havia sido feito ou não. A sua resposta, ao vivo, no ar na rádio Independente, foi essa:
Armando Anache - Boa tarde, advogada Célia Vaz de Campos Trindade. Eu gostaria de saber como foi feito o saque de R$30 mil da conta corrente do Hospital da Cidade, na sexta-feira (22), conforme informado na manhã de hoje durante entrevista que fiz com a chefe de gabinete da secretária municipal de Saúde, Eliete Ravaglia.
Advogada Célia Vaz de Campos Trindade - Armando, eu quero explicar, no momento, que esse saque foi feito (grifo do blog) concomitantemente, no momento em que nós fomos intimados sobre a decisão da juíza, doutora Simone [Nakamatsu, titular da 1ª Vara Cívil da Comarca de Aquidauana], de que o Hospital estava sob intervenção. Apenas, anteriormente, a responsável pelo setor de pagamento já estava no banco e percebeu, realmente, transferências de valores para fornecedor, bem como fez a retirada de complementação à folha de pagamento de pessoal, com relação ao pessoal que é 'prestador de serviço' e não tem carteira assinada; mas tem o documento, o contrato de prestação de serviço.
No fim do texto da nova entrevista, com versão diferente daquela apresentada no início da tarde a este repórter, a mesma advogada e ex-administradora do Hospital da Cidade, mantido pela Sociedade Aquidauaanense de Asistência Hospitalar, declara que:
“Cada procedimento médico-hospitalar deveria ter um valor do município. Deveríamos sentar para conversar sobre a situação, mas nunca conseguimos”, queixou-se Célia Trindade.
O blog esclarece que acompanha a questão envolvendo o Hospital da Cidade há muito tempo. Como se diz em jornalismo - principalmente os mais experientes, possuidores de alguns "flocos de neve" nos cabelos -, esta pauta é acompanhada por mim desde o início. Ou seja, não "peguei o bonde andando" (antiga essa de 'bonde', hein?).
Na última reunião que ocorreu no gabinete do prefeito Felipe Orro (PDT), com a presença do representante da Associação Aquidauanense de Assitência Hospitalar, Nelson Scaff, ficou acordado que a administração da instituição beneficente seria passada, amigavelmente, à prefeitura.
No dia seguinte, no entanto, numa reunião com a presença do promotor José Maurício de Albuquerque, do prefeito Felipe Orro e representantes do Hospital, houve uma nova posição anunciada perante todos. A Associação Aquidauanense de Assistência Hospitalar voltou atrás - da mesma maneira como a ínclita (aqui no blog pode usar adjetivação, desde que seja a favor, ok?) advogada Célia Trindade nega, às 19h39 da terça-feira (26), o que dissera às 12h03 do mesmo dia -, e recusou entregar a administração do Hospital da Cidade à prefeitura.
Essas informações foram passadas a mim pelo prefeito Felipe Orro, durante entrevista gravada que fiz na noite em que ele acionou a iluminação de Natal no Centro de Aquidauana.
Este repórter não é advogado para defender, nem delegado para presidir inquéritos, nem promotor para acusar, muito menos juiz para julgar. Este repórter e blogueiro é apenas isso: repórter e blogueiro, sempre apaixonado pelo que faz e, acima de tudo, com atenção aguçada para perceber quando entrevistados mudam suas próprias versões apresentadas anteriormente, sabe-se lá para atender a quais interesses. O meu único interesse é chegar o mais próximo da verdade, com isenção e acuidade desde a apuração e passando pela checagem e pela publicação da notícia do tamanho da verdade, doa a quem doer ('slogan' que era usado por um colega radialista da rádio Planalto, em Brasília, D.F., executado com tiros de escopeta calibre 12 quando deixava o seu local de trabalho).
Portanto, este blog mantém tudo o que foi publicado ontem (26). O que foi escrito aqui, ao longo do dia, baseou-se em declarações dadas ao vivo e também gravadas por este repórter, que entrevistou, como já explicado acima, a advogada Célia Trindade.
A fita com a entrevista gravada encontra-se em poder deste blog e à inteira disposição de quem quiser ouvir novamente a primeira versão da advogada.
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