Batalhão Carlos Camisão recebe bandeira nazista
O comandante militar do Oeste, general-
de-exército Rui Alves Catão, recebe do presidente da Legião Paranaense do Expedicionário a bandeira nazista da 2ª Guerra Mundial
O 9º Batalhão de Engenharia de Combate – Batalhão Carlos Camisão - recebeu na manhã de hoje, em solenidade cívico-militar, do Museu do Expedicionário de Curitiba, no Paraná, a restituição do último e mais importante troféu de guerra.
Trata-se de uma bandeira nazista medindo 1m50cm por 2m50cm , capturada pela FEB (Força Expedicionária Brasileira) na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), durante a Campanha da Itália (1944-1945) .
A solenidade, marcada pelo simbolismo histórico, foi comandada pelo Comandante Militar do Oeste, general-de-exército Rui Alves Catão, que recepcionou uma comitiva de seis integrantes do Museu do Expedicionário de Curitiba, chefiada peplo presidente da Legião Paranaense, Benhur Augusto Muniz, que trouxe a bandeira nazista para Aquidauana, 135 quilômetros a oeste de Campo Grande.
Na década de 50, a bandeira nazista, apreendida na Campanha da Itália pelo Corpo de Engenharia, foi doado pelo seu comandante, coronel José Machado Lopes, à Casa do Expedicionário de Curitiba. O motivo foi a desmobilização dos efetivos da Força Expedicionária Brasileira, por meio do aviso ministerial 217-185, de 6 de julho de 1945, que reorganizou algumas unidades, conforme a nova realidade pós-guerra.
Bandeira nazista é exposta no Museu Marechal José Machado Lopes, no 9° Batalhão de Engenharia de Combate, em Aquidauana
Nesse contexto, o 9º Batalhão de Engenharia, que havia sido a primeira tropa a entrar em combate na Campanha da Itália, e o único batalhão da engenharia militar brasileira a participar da 2ª Guerra Mundial, foi extinto, dando lugar a uma Companhia de Sapadores, que recebeu a partir dessa data várias denominações.
Em 1956, o então General Machado Lopes, que havia comandado o 9º Batalhão de Engenharia de Combate, na Campanha da Itália, e outras autoridades militares, conseguiram recriar o 9º Batalhão de Engenharia de Combate junto ao Governo Federal, que editou o Decreto N.º 39.775 – de 13 de agosto de 1956, restabelecendo o 9º Batalhão de Engenharia de Combate, com a denominação de Batalhão Carlos Camisão, herói brasileiro da Retirada da Laguna na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870).
General-de-exército Rui Alves Catão preside a solenidade, no interior do batalhão Carlos Camisão
Este decreto, do Presidente Juscelino Kubitschek e do Ministro Henrique Lott, era composto de dois artigos que definiam o restabelecimento e a localização, além da nova denominação, conforme o descrito acima, e revogava disposições em contrário. E o mais importante, para a salvaguarda da história da Engenharia da FEB, estava contido no parágrafo único da citada Lei: Enquanto o 9.º Batalhão de Engenharia de Combate não voltar a ter efetivo, a 1.ª / 9.º BE Cmb ficará responsável pelo arquivo e pelas tradições do 9.º Batalhão de Engenharia Expedicionária.
Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira assistem à solenidade militar
A partir de 2005, iniciaram-se gestões junto ao Comando do Exército e ao Museu do Expedicionário, com a finalidade do retorno do troféu de guerra ao Batalhão Carlos Camisão, sendo atendido neste 28 de abril de 2008 – ficando o 9º BE Cmb a partir desta data da guarda de um dos mais importantes troféus das Armas Brasileiras.
Para a guarda dos acervos oriundos da 2ª Guerra Mundial no Batalhão Carlos Camisão, após sua nova organização em 1956, foi mandado organizar em 1962 pelo então General Emílio Garrastazu Médici, comandante da 4ª Divisão de Cavalaria sediada em Campo Grande – MS, um museu do Expedicionário do 9º BE Cmb. Sua organização deu-se em definitivo em 1975, e a partir de 1990 recebeu a denominação histórica de Museu Marechal José Machado Lopes.
As informações são da Seção de relações Públicas do Batalhão Carlos Camisão
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