Delcídio e Serraglio tomam medidas para evitar vazamento de informações na CPMI
Para evitar vazamentos, CPI dos Correios decide restringir acesso de parlamentares a documentos
Marcos Chagas, Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), e o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), decidiram tomar medidas para evitar o vazamento de informações sigilosas. A partir da próxima semana, nenhum integrante da comissão terá acesso a qualquer documento da CPI antes que eles sejam analisados pelos técnicos, afirma Delcídio Amaral. No momento, o presidente da comissão disse que o fundamental é evitar a divulgação de informações equivocadas que possam comprometer pessoas ou instituições. "Acho que o cuidado da CPI hoje deve ser, primeiro, não informar errado, até porque daqui para frente todas as informações serão sistematizadas. O segundo ponto é não cometer injustiças com pessoas. Nós vamos olhar isso com muito cuidado para que realmente a CPI traga os resultados que o país realmente espera". O senador diz que, no máximo em duas semanas, serão divulgados os relatórios parciais com o resultado do cruzamento de dados das quebras de sigilos bancários do empresário mineiro, Marcos Valério de Souza, das contas pessoais e de suas empresas no Banco Rural e Banco do Brasil. Além disso, os técnicos da comissão e do Tribunal de Contas da União (TCU) estão analisando todas as licitações feitas pelos Correios nos últimos anos. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) foi designado pelo presidente para atuar como uma espécie de "gerente" dos documentos da CPI, ou seja, deverá controlar a entrada e saída dos papéis na comissão. Ele também será o responsável por conversar com os deputados e senadores da comissão e tentar fechar um acordo para a votação de requerimentos na próxima terça-feira (2). "O Carlos Sampaio vai tabular os requerimentos que são consenso, os que podem ser objeto de acordo e os que terão que ser submetido a voto", explica Delcídio.Segundo ele, o trabalho da CPI será reorganizado, não só para tentar conter o vazamento de informações, mas também para dar agilidade à análise dos documentos. "É uma redefinição de rumos, ou temos esta organização ou estamos perdidos". Foram estabelecidas quatro sub-relatorias: a administrativa que ficará sob o comando do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP); a financeira, a cargo do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR); a de contratos que deve ficar com o deputado Carlos Abicalil (PT-MT). A última caberá ao deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que deverá tomar o depoimento das 40 pessoas envolvidas com saques nas contas de Marcos Valério. Segundo Delcídio, o deputado petista vai ouvir os depoimentos, juntamente com um pequeno grupo de parlamentares da CPI.
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