Isto É : Delcídio com o dedo na tomada
É um resumo de todos os fatos ocorridos desde que o senador corumbaense e boa praça Delcídio Amaral (PT-MS) - que adora uma camisa pólo de algodão, com gola "V", nos sábados e domingos - assumiu a presidência da CPMI dos Correios, em Brasília.
A foto do senador Delcídio Amaral é de Valter Campanato, da Agência Brasil.
O leitor do blog não vai ler nenhuma surpresa, mas vale a pena o resumo que o blog publica abaixo.
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COM O DEDO NA TOMADA
Legenda da foto - Atuação: conflitos não derrubam firmeza de Delcídio no comando
Luiz Cláudio Cunha
Pouco antes de embarcar para a Escócia, na quarta-feira, o presidente Lula disse a frase que todo brasileiro honesto e indignado gostaria de pronunciar: “Vá em frente, Delcídio!” E o senador Delcídio Amaral, 50 anos, casado, duas filhas, líder do PT no Senado, voltou revigorado à presidência da CPI dos Correios, que ele comanda com uma dose balanceada de firmeza e serenidade. O desempenho desse equilibrado engenheiro elétrico impressiona a oposição e confunde o governo na CPI, que começou sob a suspeita de ser chapa-branca. Os petistas não gostaram de sua mão estendida ao deputado Roberto Jefferson (PTB), pivô das denúncias, ao final de seu longo depoimento: “Sou um homem educado”, reagiu Delcídio. Ao telefonema do presidente do PT, José Genoino, irado com seu apoio à quebra dos sigilos de Marcos Valério, o senador rebateu: “Estou cumprindo uma missão atribuída pelo presidente Lula.”
Funcionário da Shell na Holanda e diretor da Petrobras no Rio, Delcídio foi ministro-tampão de Minas e Energia no final do governo Itamar Franco. Versátil, criou laços com o PFL de Jorge Bornhausen, quando diretor da Eletrosul em Florianópolis, e bateu asas para o PSDB de FHC, trabalhando com Pedro Parente no Planalto na operação de guerra contra o “apagão”. Pareceu maluco ao trocar o salário de R$ 25 mil como diretor da Petrobras pelo soldo de R$ 6 mil como secretário de Habitação do Mato Grosso do Sul. Mas era o engenheiro eletrocutado pela política: sob as bênçãos do governador Zeca do PT, o novato de 2% nas pesquisas afrontou o cacique peemedebista Pedro Pedrossian, que começou a campanha ao Senado em 2002 com 37%. Acabou ganhando com 73 mil votos de vantagem. Com três anos de política, hoje é a cara boa do PT na CPI que investiga trapalhadas do partido com dinheiro público. Devoto de dinossauros do rock como Led Zeppelin e The Who e fã de biografias (acabou de ler Churchill e, para consolo de Zé Dirceu, começou agora Stalin), Delcídio Amaral pode precipitar o apagão ético do PT. Basta, como diz Lula, ir em frente.
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