PT teve caixa dois nas campanhas, admite Delúbio
Graaaande Tonico. Brilhando como sempre.
Este repórter lembrou muito dos deliciosos pintados e pacus e caldos de piranha degustados nos anos 1990, na maravilhosa e querida Cidade Branca de Corumbá.
Numa das vez, o excepcional Tonico veio enfrentar um matagal danado com este repórter, próximo ao perímetro urbano da cidade, onde havia descoberto seis refinarias de cocaína.
Foi notícia de destaque no Jornal Nacional.
Mas hoje à noite o destaque é para a revelação do choroso Delúbio Soares, admitindo que o PT usou dinheiro "não contabilizado" - ou "caixa dois", nas campanhas políticas.
Tentando ser o mais imparcial possível, busco a notícia que publico abaixo, no Portal do PT, aqui na internet :
Delúbio revela empréstimos não-contabilizados
O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, revelou neste sábado, em entrevista ao Jornal Nacional, que o PT recebeu dinheiro de empréstimos concedidos pelo empresário Marcos Valério e que estes recursos (cerca de R$ 39 milhões, valor não atualizado), usados para pagar dívidas de campanhas estaduais de 2002 e preparar as de 2004, não foram contabilizados pelo partido. "Pela primeira vez no Brasil, um partido político está assumindo que houve recursos não contabilizados para a preparação de uma campanha política", afirmou Delúbio. Ele classificou de hipocrisia negar que outros partidos também arrecadem recursos sem declará-los. "Todo mundo faz e ninguém admite que faz", disse ele, que culpa o atual sistema eleitoral brasileiro.
Delúbio ressaltou que os recursos repassados por Marcos Valério não tem origem nos cofres públicos. "Não é dinheiro público. É de empréstimo bancário", reforçou. As explicações do petista derrubam a denúncia de existência de um suposto esquema de mensalão, feita pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ). "Essa históriam de mensalão não é verdadeira. É mentira. Não tem compra de voto, não tem compra de deputado para votar a favor do governo", reiterou, lembrando que, em 2003, a base aliada e a oposição votaram 90% das vezes em conjunto.
Questionado sobre o motivo de estar admitindo a irregularidade neste momento, respondeu que a onda de denúncias contra o PT e a base aliada tem envolvido muitas pessoas inocentes, e que era preciso acabar com denúncias vazias.
O dinheiro, segundo o ex-tesoureiro, foi integralmente usado para pagar dívidas de campanhas estaduais em 2002 e para preparar a campanha de 2004. Segundo ele, os valores eram distribuídos entre candidatos do PT e da base aliada, além de ser empregado para ampliar a organização do partido nos municípios, com a constituição de diretórios em cerca de 5.400 cidades. Segundo Delúbio, a responsabilidade por decidir quem iria receber o dinheiro era inteiramente dele.
O ex-tesoureiro assumiu toda a responsabilidade pelos empréstimos solicitados a Marcos Valério e afirmou que os outros membros da direção do partido e do governo não tinham conhecimento das operações.
"A direção do PT tomou a decisão política de fazer campanha junto a aliados e delegou a mim a execução", afirmou o ex-tesoureiro. "O [então] ministro José Dirceu não participou, não sabia. [O então] presidente [do PT], José Genoino, também não sabia que as pessoas vinham buscar recursos." Ele negou também que Lula soubesse. "Partido é partido, governo é governo. O partido não trata de assunto financeiro com o governo."
Reforma política
O ex-tesoureiro defendeu a reforma política, com a adoção do financiamento público de campanha, para que os partidos deixem de arrecadar recursos e não declará-los. "Hoje, a maneira como é feito o financiamento de campanha não é suficiente para pagar dívidas", disse.
Garantia
De acordo com Delúbio, Marcos Valério aceitou conceder os empréstimos ao PT sem garantias porque tinha interesse em ser o publicitário do PT. Mas nunca recebeu a promessa de que conseguiria. "Nunca prometi. Apenas deixamos espaço para ele discutir com os candidatos. O Diretório Nacional não define quem vai fazer campanha municipal ou estadual", disse o dirigente petista. Segundo ele, Valério tentou pegar as campanhas eleitorais de vários candidatos da base aliada, a maioria sem sucesso.
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