Valério quer nova audiência com procurador-geral
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza pediu ontem à Procuradoria Geral da República uma nova audiência com o procurador-geral, Antonio Fernando de Souza. Valério, pela segunda vez, quer falar com o procurador-geral sem ser convocado.Além dessa audiência, o empresário mineiro vai encaminhar na próxima terça-feira à Procuradoria Geral, à Receita Federal e à CPI dos Correios mais documentos sobre as suas empresas. Em entrevista à Folha há uma semana, ele ameaçou contar o que sabe e disse que ninguém ia jogar sua "honra no ralo" e que "muita água vai rolar por baixo da ponte".A assessoria de imprensa de Marcos Valério não informou o porquê de o publicitário ter solicitado uma nova audiência com Antonio Fernando. Também não esclareceu se o pedido seria para "contar tudo", conforme o empresário havia ameaçado.Disse apenas que, como os documentos serão entregues na próxima semana, Marcos Valério quer se colocar à disposição da PGR para o que for necessário.Delação premiadaNo último dia 14, quando se apresentou sem ser convocado, o empresário propôs ao procurador-geral colaborar nas investigações em troca de benefícios futuros como réu em uma eventual ação penal. Antonio Fernando recusou a proposta dizendo que considerava "inoportuno" fechar esse tipo de acordo na fase preliminar da investigação.O benefício solicitado por Valério é comumente chamado de "delação premiada". O réu que colabora com as investigações pode ter sua pena reduzida.No dia seguinte ao seu depoimento, foi a vez de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, ir também espontaneamente à Procuradoria Geral da República.Os dois revelaram a existência de vários empréstimos que Valério fez para o PT supostamente pagar dívidas de campanha.Parlamentares da oposição acusaram os dois de terem combinado as versões para supostamente serem incriminados por crime eleitoral, cuja pena é mais branda, e escapar da acusação de serem intermediários do possível esquema de pagamento de mesada, pelo PT, a parlamentares em troca de apoio político: o "mensalão".
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