Audiência da TV Senado bate outras emissoras nas sessões da CPI dos Correios
Pesquisa do Instituto Qualibest revelou que 16% dos 975 entrevistados entre 16 a 26 de julho preferem acompanhar os trabalhos da CPI dos Correios pela TV Senado. A emissora do Legislativo superou os índices conseguidos por alguns noticiários de canais comerciais, como o Bom Dia Brasil, da TV Globo (15%), o Jornal da Noite, da TV Bandeirantes (11%), e o canal por assinatura Globonews (13%). De acordo com o gerente de projetos do Instituto Qualibest, Carlos Humberto Perissé, 87% dos 174 entrevistados que revelaram preferência pela TV Senado assistem à transmissão da CPI dos Correios com interesse ou muito interesse. O envolvimento demonstrado pelos entrevistados chamou a atenção de Perissé, que se disse surpreso com o tempo que muita gente dedica a acompanhar, inclusive ao vivo, as investigações das denúncias de corrupção contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva e parlamentares da base aliada. Outra surpresa de Perissé foi constatar que o jornal impresso ocupa a terceira posição (55%) entre as mídias citadas para acompanhamento do assunto. Ficou atrás da internet (59%) e dos telejornais (86%), cuja liderança já era esperada pelos analistas do Instituto Qualibest, que realiza pesquisas de mercado pela internet.
O estudo revelou ainda que, enquanto 46% dos entrevistados preferem ler ou ouvir notícias resumidas sobre a CPI dos Correios, 30% não abrem mão de acompanhar a transmissão ao vivo das sessões. Na avaliação dos participantes da enquete, a cobertura jornalística do assunto não apresenta exageros e é importante para não deixá-lo cair no esquecimento. A sucessão de denúncias também estaria ajudando a despertar e alimentar o interesse do público pela questão.
Em relação aos dados sócio-demográficos dos entrevistados, 58% são homens e 42% mulheres; 73% pertencem às classes A e B; 86% estão na faixa dos 18 aos 34 anos; 70% moram nas capitais, concentrando-se nas regiões Sudeste e Sul (85%).
Comentário do blog: Parabéns à TV Senado que, normalmente, tem pouca audiência. Sempre defendi a idéia de que o povo sabe escolher o produto que deseja consumir. O mesmo ocorre em televisão e rádio. Se o produto oferecido é bom, a audiência será uma conseqüência. É evidente que o Brasil inteiro quer saber o que acontece na CPMI dos Correios.
Alguns intelectualóides defendem programação de qualidade, com óperas e música clássica. Não adianta, o povo não assiste. O Brasil não é a Áustria. Brasília não é Viena e ponto final. É uma questão de cultura. Esses "entendidos" de programação não conseguem nada mais além do famoso "traço de audiência". Nenhuma audiência.
Mas por que a audiência aumentou muito na TV Senado? Porque há interesse no produto oferecido. Pronto! Não adianta os intelectuais - que adoram discutir os problemas das favelas no Brasil, degustando um excelente vinho que nem eu nem você, leitor amigo, pode comprar; com charutos cubanos à moda Delúbio Soares - pensar o contrário.
Quero que me mostrem um intelectual desses que tenha conseguido colocar em primeiro lugar uma programação sequer, numa emissora de televisão ou numa rádio.
Não! Não estou dizendo que o povo gosta de violência nem de coisas chulas. Não é nada disso.
O que tem que haver é a perfeita sintonia do produtor de programas com o que realmente o povo deseja consumir. Pronto. É isso. Já ensinavam para mim e tantos outros, no início dos anos 1980, os grandes Mário Luiz Barbato e Jaime Azulai (com "i" mesmo) no Sistema Globo de Rádio.
O resto é papo furado de intelectualóide que não entende nada - ou, como dizia minha saudosa vovó Henriqueta Calderoni de Amorim, "não entendem patavina de nada, meu neto" - de gosto popular.
É por isso que alguns programas têm audiência, e outros não.
Eu poderia escrever muito mais aqui neste espaço, mas acho que já está de bom tamanho.
Ah, sim! A Rádio Independente, em cadeia com a Rede Jovem Pan Sat, transmite todas as sessões da CPMI dos Correios, com "audiência massacrante, de norte a sul e de leste a oeste".
É isso.
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