Controlada a rebelião em presídio de Aquidauana
No início da rebelião, os presos queimaram colchões. A fumaça foi vista pelos moradores da área próxima do presídio. Um caminhão do Corpo de Bombeiros foi até a Rua Duque de Caxias, na zona sul da cidade e, subindo na calçada, os bombeiros conseguiram lançar uma mangueira, que passou por uma abertura situada no portão central, de ferro. O fogo foi imediatamente debelado. O responsável pelo presídio, oficial Ronan Vargas - o diretor Paulo Inverso está de férias - autorizou a entrada da Polícia Militar e os internos foram levados para o solar, onde foram revistados.
A tropa de elite da PM foi chamada e policiais armados com fuzis automáticos leves, calibre 7,62; e escopetas calibre 12, entraram no presídio. Às 14h19 chegaram policiais da ROTAI (Rondas Táticas do Interior), trazendo munições calibre 12, de efeito moral, com balas de borracha. Esses cartuchos não foram usados.
Agentes penitenciários, com cassetetes, ficaram na área de entrada do presídio. Não houve confronto entre os internos e as forças de segurança. Informações passadas por alguns agentes penitenciários dão conta de que não há feridos.
Às 15h19 chega de Campo Grande, a 135 quilômetros a leste de Aquidauana, o diretor-geral da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Luiz Carlos Telles Júnior. Ele informa que só falará à imprensa, que permanece em frente ao presídio, depois de falar com os responsáveis pela segurança interna e também com o promotor de Justiça, Antenor Camargo, da comarca de Aquidauana, que conversa com os presos desde as 13h35.
De volta à redação, recebo um telefonema de um parente de preso, informando que até este horário - 16h14 (horário de Mato Grosso do Sul) - não foi liberada nenhuma informação nova sobre o estado geral dos presos. A pessoa demonstra preocupação, pois afirma que viu material utilizado para curativos entrar no presídio. Ela teme que possa haver feridos com queimaduras.
As negociações prosseguem. Do lado de fora - onde os profissionais de imprensa permaneciam desde o início da tarde, sem receber informações oficiais - os parentes dos presos permanecem em vigília, aguardando notícias.







![[PROERD] www.proerd.com.br](http://www.proerd.com.br/botao.gif)








0 Comments:
Postar um comentário
<< Home