Marcos Valério: "Levei o cano do PSDB"
Na universidade de Comunicação Social os alunos aprendem, na cadeira de "Jornalismo Comparado", que um mesmo fato pode ter versões escritas de maneiras e formas diferentes. Normalmente são usadas nos exemplos as várias edições diárias de jornais diferentes. Compara-se, então, a primeira página de um jornal com a do outro. Leia abaixo a forma do texto feito pelos colegas do PT:
Marcos Valério: "Levei o cano do PSDB"
O empresário Marcos Valério lamentou hoje (9), durante a CPMI da Compra de Votos, não ter recebido até hoje o dinheiro que afirmou ter emprestado a políticos mineiros do PSDB na campanha de 1998.
Valério confirmou que intermediou empréstimos para a campanha coligada pelos então candidatos do PSDB, Eduardo Azeredo, e do PFL, Clésio Andrade, em Minas Gerais.
Entre os nomes da lista destaca-se como maior sacadora a ex-senadora Júnia Marise - que tentou a reeleição pelo PDT de Minas e está no PSDB. Ela teria feito saques de R$ 175 mil e R$ 25 mil.
Outro parlamentar citado é o deputado Custódio Mattos (PSDB-MG), que teria recebido R$ 20 mil. Valério revelou ainda que os nomes que deveriam receber os empréstimos eram passados pelo coordenador da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão.
Valério disse que, em 1998, pagou R$ 4,5 milhões ao publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha do atual senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que na época disputava a reeleição ao governo mineiro. O empresário apresentou o recibo do depósito. A lista soma saques de R$ 1,8 milhão, enquanto o empresário havia declarado empréstimos totais de R$ 9 milhões.
"Levei cano do PSDB. Só que na época não valia a pena brigar com o Azeredo nem com o PSDB porque eles eram do governo federal e eu iria perder minhas contas", afirmou. Durante o governo FHC, Marcos Valério tinha contratos de publicidade com o Banco do Brasil, a Eletronorte e o Ministério do Trabalho, por meio de sua agência DNA, e com o Ministério dos Esportes, pela SMP&B.
O publicitário garantiu que nunca deu “um centavo a nenhum ministro e a nenhum presidente da República”. Segundo ele, “o deputado Roberto Jefferson destampou uma prática corrente de relação entre empresas com políticos, não sei se é lícita ou ilícita. Errei nos empréstimos, sim”, disse.
Valério disse ainda que não participou com recursos na campanha presidencial de 2002 e não custeou as despesas da equipe de transição entre o governo FHC e o governo Lula ou para a posse do presidente Lula. “Fiz um empréstimo em 2003 para o PT e li na imprensa que esse empréstimo era para pagar dívidas da posse. Mas eu, diretamente, não sabia”, afirmou.
Com informações do Globo on Line
Comentário do blog: Em jornalismo, o foco, o centro da notícia - ou neste caso específico, o alvo do canhão - pode mudar de acordo com o autor do texto. Ou seja, toda a notícia escrita acima é verdadeira. Mudou-se apenas a maneira de escrever. O alvo foi o PSDB, histórico adversário - ou seria inimigo? - do Partido dos Trabalhadores nestes tempos de Lula na Presidência da República.
Mas o leitor não é vítima, neste caso, de algum tipo de desonestidade. Ao contrário, sabe-se que a fonte do texto é o "Portal do PT", ou seja, o site oficial do Partido dos Trabalhadores na internet.
Para ouvir ao vivo o depoimento de Marcos Valério, transmitido pela Rádio Independente, em cadeia com a Rede Jovem Pan Sat, clique AQUI







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