O Globo: Valério pagou ao PT mais do que tomou emprestado
A principal manchete é: "Valério pagou ao PT mais do que tomou emprestado". Leia abaixo:
Versão desmontada
Bernardo de la Peña
BRASÍLIA - A CPI dos Correios começou a desmontar a versão apresentada pelo empresário Marcos Valério e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares de que todo o dinheiro usado para fazer pagamentos a políticos aliados do governo e remetido para a conta do publicitário Duda Mendonça no exterior saiu de empréstimos no BMG e no Banco Rural. Integrantes da comissão encontraram uma diferença de quase R$ 3 milhões entre o que Valério recebeu dos bancos e usou para abastecer as contas de partidos governistas e deputados ligados ao PT. O desafio da comissão agora é descobrir a origem do dinheiro. Valério alega em documento enviado ao Ministério Público ter contraído empréstimos no total de R$ 55,217 milhões, mas diz ter pagado aos políticos R$ 55,691 milhões. Nessa conta já ficam faltando R$ 474 mil. Somam-se a esse valor outros R$ 180 mil retirados no Banco Rural por dois funcionários da corretora Bônus Banval e não contabilizados por Valério como repasse à empresa usado pelo esquema político. Além desses R$ 654 mil, a CPI descobriu que Valério contabilizou entre suas receitas R$ 2,268 milhões — valor que, segundo integrantes da CPI, não poderia ter sido repassado a políticos por ter sido usado para saldar encargos da operação feita por outra empresa de Valério, a Grafitti, no banco no dia 28 de janeiro de 2004. Para pagar esse débito, o empresário usou parte do empréstimo de R$ 3,516 milhões tomado pela SMP&B no dia 14 de julho de 2004 no BMG. Os técnicos da CPI concluem, portanto, que Valério teria disponível para distribuir a políticos R$ 52,949 milhões saídos dos empréstimos bancários. Mas o próprio empresário afirma ter pago R$ 55,691 milhões para os políticos, além dos R$ 180 mil da Bonus Banval. Ou seja, uma conta que não fecha por quase R$ 3 milhões. Comissão vai rastrear origem do dinheiro O levantamento da CPI mostra ainda que a versão de Valério já se desmonta logo no primeiro empréstimo, contraído em fevereiro de 2003 no BMG. O banco teria repassado a ele R$ 12 milhões. Na segunda quinzena de abril de 2003, os pagamentos a políticos já haviam consumido esses recursos. E a conta dos empréstimos para o PT passaria então a ficar no vermelho. Entretanto, no período de 23 de abril a 6 de maio, o publicitário continuou fazendo repasses, num total de R$ 4,2 milhões, para pagar as pessoas indicadas por Delúbio.
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