Presidentes do PCdoB, PT e PSB acertam agenda positiva em Brasília
Os presidentes partidários Renato Rabelo (PCdoB), Tarso Genro (PT), e Roberto Amaral (PSB) encontraram-se na manhã de ontem (24), na sede do PT em Brasília, para dar continuidade aos entendimentos iniciados na última semana em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em pauta, uma agenda positiva comum às três legendas.
No encontro com o Presidente ficou acertado que os três partidos da base aliada do governo devem manter uma relação de maior proximidade, trocando opiniões em reuniões periódicas, em busca de entendimentos comuns para ajudar o governo a construir uma agenda positiva na atual situação de crise política.
Campos diferentes de disputa
Foi consenso na reunião de ontem entre os presidentes dos partidos que o que está em jogo é uma disputa pelo poder. Renato Rabelo acredita que no cenário atual tem-se de um lado o apoio e a necessária defesa do presidente da República, do seu mandato, indicando a apuração rigorosa dos ilícitos como forma de prestar contas ao povo. “Mas ao mesmo tempo é necessário dizer que isso tem sido usado como instrumento da oposição conservadora para impor ao governo uma espécie de rendição, como uma forma de já realizar a campanha para a volta dessas forças ao poder”, considera.
A questão importante discutida no encontro foi o ajuste de uma agenda positiva no Congresso Nacional, capaz de unir as bancadas em torno de pontos comuns, como o cumprimento das metas da reforma agrária; a definição de uma política de valorização do salário mínimo; e um possível projeto nacional para baratear o valor do transporte urbano.
Documento aos líderes
Tarso Genro sugeriu como prioritária a maior participação dos partidos na elaboração do Orçamento Geral da União para 2006. Ele disse, em nome da direção nacional petista, que os três partidos devem se acertar sobre a elaboração da peça orçamentária. Para isso as três agremiações se comprometeram a elaborar em curto espaço de tempo um documento de sugestões, a ser encaminhado para orientar os líderes das respectivas bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
“Faremos isso tendo em vista um texto sucinto, que leve em conta as exigências mais urgentes do ponto de vista social, como investimentos em infra-estrutura, por exemplo”, afirmou Renato.
De Brasília,Rita Polli
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