Professor Luizinho esclarece saque de assessor e diz estar confiante
O deputado Professor Luizinho (PT-SP) divulgou hoje (24) os esclarecimentos que entregou ao relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), acerca da citação de seu nome nos trabalhos da comissão.
O deputado afirmou que desconhecia o saque de R$ 20 mil, feito por seu assessor José Nilson dos Santos no Banco Rural, até o momento em que surgiram as denúncias. Ele negou participação em supostos esquemas de pagamentos a deputados.
De acordo com Luizinho, em dezembro de 2003, por iniciativa própria, seu assessor entrou em contato com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para tratar da ajuda financeira a pré-campanhas eleitoras de vereadores e vereadoras da região de São Paulo.
Seguindo orientação de Delúbio, o assessor retirou da agência bancária a quantia de R$ 20 mil. De acordo com Luizinho o assessor disse que os dinheiro foi usado na preparação de candidaturas.
“Ele disse que havia procurado o Delúbio e ele tinha liberado um aporte de R$ 20 mil para as pré-campanhas de vereadores”. Segundo o deputado, num primeiro momento o assessor não se recordou de ter feito a retirada no Banco Rural, em São Paulo, mas depois percebeu se tratar da instituição.
Sobre eventuais punições, o deputado disse não acreditar num processo de cassação de mandato, uma vez que o dinheiro não foi para sua campanha nem para seu gabinete.
“Não há nenhuma participação pessoal minha no episódio e não tem nada a ver com mensalão ou compra de voto. Eu atuei como vice-líder e líder do governo, negociava todos os projetos com seus relatores e partidos e alterava os projetos de acordo com a decisão de governo. É indigno, é uma brutalidade, uma barbárie querer me colocar em uma situação de participar de mensalão ou compra de voto”, disse.
Ele afirmou ainda confiar que o juízo dos membros do Conselho de Ética. “Confio plenamente nos meus pares. O aporte foi feito por um funcionário meu que teve acesso a ele a partir do Delúbio. Não há como, não há a menor possibilidade de que eu possa ser cassado por algo que não fiz, não participei e não tinha o menor conhecimento. Meus pares saberão apenar a cada um de acordo com sua participação nesse processo”, concluiu.
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