Virgílio X Mercadante: A guerra estatística no Senado
Nesta noite, divulgo as duas notícias, com Virgílio novamente cobrando do Governo dados corretos; e Aloizio Mercadante (PT-SP) reconhecendo mudanças feitas no Cadastro Geral de Emprego e Desemprego.
Leia abaixo e tire as suas conclusões, caro(a) leitor(a):
Mercadante diz que não houve intenção de falsificar estatísticas
Em resposta ao pronunciamento do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), o líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), reconheceu que o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho sofreu mudanças e que, portanto, não é válida a comparação dos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso com o atual governo baseada neste índice. Ele garantiu, no entanto, que não houve intenção por parte do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de falsificar estatísticas.
Mesmo assim, disse o senador, utilizando-se a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho como referência, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva criou mais empregos que o governo FHC. Segundo Mercadante, a retomada do crescimento do número de empregos começou no final do segundo governo FHC.
Referindo-se a artigo do professor José Pastore, ele disse que o incremento do número de postos de trabalho se deu em grande parte ao aumento da fiscalização por parte do Ministério do Trabalho, o que trouxe para a formalidade mais um milhão de empregados informais. Ao lado disso, disse o senador, a economia cresceu. No governo anterior, disse o líder, houve uma "política de destruição de emprego" em função da adoção da âncora cambial (manutenção artificial da alta cotação do real). Em 1994, afirmou, houve o que chama de "grande salto": a geração de 1,5 milhão de empregos.
Arthur Virgílio critica números do governo sobre emprego
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), criticou da tribuna as estatísticas utilizadas principalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para comparar o número de empregos criados pelo atual governo e pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o senador, o governo utiliza o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho para fazer aquela comparação. Ocorre que, segundo o senador, em 2002 a metodologia utilizada pelo Caged foi alterada e os governistas analisam as estatísticas do ex-presidente com base no método anterior, o que provoca distorções.
Para Arthur Virgílio, o melhor dado para analisar o assunto é aquele produzido pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na avaliação do senador, o governo está equivocado ao dizer que, nos mandatos de FHC, foram gerados apenas 8 mil empregos por mês.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home