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Jornalista (MTb 15083/93/39/RJ) formado pela PUC-RJ em 1987 e radialista (MTb 091/MS)- Produtor de programas de rádio e repórter desde 1975; cursou engenharia eletrônica na UGF (Universidade Gama Filho, RJ) em 1978; formado pelo CPOR-RJ (Centro de Preparação de Oficias da Reserva), 1979, é oficial R/2 da reserva da arma de Engenharia do Exército; fundador e monitor da rádio PUC-RJ, 1983; repórter e editor do Sistema Globo de Rádio no Rio de Janeiro (1985 a 1987); coordenador de jornalismo do Sistema Globo de Rádio no Nordeste, Recife, PE(1988/1989);repórter da rádio Clube de Corumbá, MS (1975 a 2000); correspondente, em emissoras afiliadas no Pantanal, da rádio Voz da América (Voice Of America), de Washington, DC; repórter da rádio Independente de Aquidauana, MS (www.pantanalnews.com.br/radioindependente), desde 1985; editor do site Pantanal News (www.pantanalnews.com.br) e CPN (Central Pantaneira de Notícias), desde 1998; no blog desde 15 de junho de 2005. E-mails: armando@pantanalnews.com.br ; armandoaanache@yahoo.com

domingo, agosto 28, 2005

Queimadas no Pantanal já chegam a 3.154 focos só nesse ano

O blog publica artigo, recebido hoje (28), da colega jornalista Denise Justino da Silva, da Embrapa Pantanal, em Corumbá, Mato Grosso do Sul, na fronteira com a Bolívia:

Queimadas no Pantanal já chegam a 3.154 focos só nesse ano

O mês de agosto ainda não terminou e o número de focos de calor identificados no Pantanal, até o momento, já chega a 2.717 focos – seis vezes mais que o número registrado em agosto do ano passado, quando foram computados 439 focos de calor no Pantanal. Com isso, o número de queimadas no Pantanal já chega a 3.154 – total maior que o valor máximo registrado no ano passado, quando foram identificados 2.001 focos de calor, no mês de setembro.
Na avaliação do pesquisador da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), Carlos Padovani, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais só reforçam a preocupação com o avanço do fogo dentro dos limites do Pantanal Brasileiro. “Historicamente o número de focos de calor no Pantanal varia anualmente, no entanto, é possível observar que nesse ano a umidade do ar e as chuvas acumuladas estão abaixo da média”, ressalta.
O número de focos de calor em agosto desse ano já supera os valores totais para os anos de 2000, 2002 e 2003, para o período crítico de julho a outubro. Para o pesquisador Carlos Padovani os dados são suficientes para indicar que a queimada desse ano será maior que a do ano passado, se as condições climáticas não mudarem. Ainda é importante destacar que, nesse ano, as queimadas alcançaram patamares altos mais cedo no Pantanal.
A região do Nabileque é a mais atingida pelo fogo. No local, já foram registrados 1.021 focos de calor, no período de junho a 25 de agosto desse ano. Nas sub-regiões do rio Paraguai e de Barão de Melgaço os focos de calor atingem a marca de 486 e 521, respectivamente. Ao redor da parte alta do município de Corumbá é possível observar que as queimadas no Pantanal estão formando um cinturão, cuja fumaça levada pelo vento deixa o ar da cidade poluído.
Padovani também destaca que não há risco de detecção errada dos dados, tendo em vista que as informações foram coletadas no período noturno, evitando se computar falsos focos de calor devido ao aquecimento do solo durante as horas mais quentes do dia, por exemplo. “Além disso, também foi considerado apenas o período crítico de julho a outubro e delimitados para o Pantanal, ou seja, a análise é bastante conservadora para evitar o mascaramento de informações”, esclarece.

Monitoramento – Para o monitoramento das queimadas, pesquisadores do Laboratório de Geoprocessamento da Embrapa Pantanal, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) tem feito analises das imagens dos focos de calor disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com o material disponível na base de dados do LSR; como mapas de vegetação, municípios, sub-regiões do Pantanal, entre outras informações geográficas, os focos de calor são analisados para se verificar áreas de maior ocorrência de focos de calor, apontando quais suas possíveis causas.
“Por meio dessas análises podemos, por exemplo, dar suporte em tempo real, ao combate de incêndios florestais em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, indicando as melhores rotas para acesso as áreas de incêndio bem como o melhor local para estabelecer acampamentos de apoio, risco de propagação do fogo, entre outros”, complementa o pesquisador, dizendo que o monitoramento pretende ainda mapear as “cicatrizes” ou manchas de queimadas deixadas pelo fogo.
Outras informações podem ser encontradas na homepage da Embrapa Pantanal (www.cpap.embrapa.br), no link Queimadas do Pantanal.

Informações adicionais:
Focos de calor no Pantanal Brasileiro para os anos de 2000 a 2005, sendo que para esse ano estão sendo considerados dados coletados até 19 de agosto de 2005, considerando o período crítico de julho a outubro de cada ano.

Ano Focos de calor
2000 1.406
2001 5.726
2002 1.715
2003 1.395
2004 3.605
2005 (jul. a 25 de agosto) 2.717


Fonte: Denise Justino da Silva
Jornalista Embrapa Pantanal
Área de Comunicação e Negócios (ACN)
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