Advogado de Severino considera acusações inconsistentes
O advogado destacou que, em um primeiro momento, Buani disse que provaria o pagamento do "mensalinho" com a apresentação de um cheque descontado supostamente pelo motorista do deputado, em 2003. Mas, ontem, o empresário mostrou um cheque de 2002 descontado por uma secretária de Severino.
Para o advogado do presidente da Câmara, as versões contraditórias demonstram que Buani está mentindo. "O cheque mostra a mentira nas versões do sr. Buani. Antes havia uma história à busca de prova. Hoje temos prova em busca de história", comentou.
Campanha do filho
Eduardo Alckmin reafirmou a explicação de que o cheque descontado pela secretária de Severino Cavalcanti serviu para pagar a campanha do filho do presidente da Câmara a deputado estadual por Pernambuco, em 2002. Segundo o advogado, Severino não mencionou esse cheque antes porque não se lembrava do fato.
O defensor lembrou ainda que o cheque tem uma anotação no verso com o valor de R$ 600,20, o que apontaria indícios de cobrança de juros. Poderia ser, portanto, um empréstimo.
O advogado ressaltou que essa versão precisa ser apurada pela Polícia Federal porque o filho de Severino morreu em agosto de 2002, antes das eleições. Por isso, não houve necessidade de prestação de contas de campanha.
Alckmin não acha estranho que o filho do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti Júnior, mantivesse relações com pessoas que prestavam serviços à Casa, como o empresário Sebastião Buani. "O filho do deputado freqüentava com habitualidade a Câmara. Tinha suas atividades políticas, tanto que era candidato em seu estado. O deputado não tem controle sobre todos os passos de seus filhos", comentou.
Renúncia
O advogado de Severino não quis comentar se o melhor para o presidente da Câmara é renunciar neste momento. Ele explicou que seu cliente sofre um processo político e não cabe a ele, advogado, opinar sobre o assunto. Eduardo Alckmin disse que, até amanhã, a defesa de Severino vai mover um processo criminal contra o empresário Sebastião Buani por calúnia, além de entrar com uma ação patrimonial contra ele por danos morais.
Segundo o 4º secretário da Mesa Diretora, deputado João Caldas (PL-AL), o presidente da Câmara pediu prazo até segunda-feira (19) para tomar uma decisão sobre seu futuro político. Por isso, a Mesa vai esperar até terça-feira (20) para enviar o processo contra Severino Cavalcanti ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.Pela Emenda Constitucional 6/94, a renúncia de parlamentar submetido a processo que possa levar à perda do mandato terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais. Portanto, a renúncia é possível até a abertura do processo.
As informações são da Agência Câmara.







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