Corregedor pode ouvir Severino ainda nesta semana
Segundo Ciro Nogueira, uma prova definitiva seria o cheque que o empresário afirma ter pago como propina a Severino, e que teria sido descontado por um motorista do presidente. "Se aparecer, o cheque será uma prova muito forte e quase definitiva. Nesse caso, teremos que ver se a pessoa que recebeu é realmente o motorista", afirmou o corregedor. No último domingo, em entrevista coletiva, Severino negou as acusações e apresentou laudo que classifica como "fraudulento" o documento apresentado por Buani como prova das supostas irregularidades.
Conselho pode apurar
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), considera "lamentável" a hipótese de o órgão vir a julgar representação contra o presidente da Câmara. Ele garantiu, porém, que o conselho cumprirá o seu papel. "Vai ser muito desagradável se isso acontecer. De qualquer forma, eu instauro o processo, indico o relator e a ação caminhará normalmente", afirmou Izar, para quem o "bom senso" sugere que Severino se afaste do cargo até a apuração das denúncias. A opinião não é a mesma do 4º secretário da Câmara, deputado João Caldas (PL-AL). Ele acredita que o presidente deva permanecer no cargo até que apareça alguma prova concreta de que tenha cometido irregularidades. "A instituição é movida pelo Regimento Interno e pela Constituição, e está caminhando dentro da normalidade. Severino não está obstruindo os trabalhos, nem cerceando alguém. Se provarem alguma coisa, aí sim, ele vai sair da Presidência e deixar de ser deputado. Mas enquanto isso, não."
Boicote às votações
João Caldas não acredita que a oposição venha a boicotar as votações em protesto contra Severino. Ele lembrou que os deputados que não comparecerem às sessões estarão sujeitos às sanções previstas no Regimento, como registro de falta, desconto no salário e até a perda de mandato.
As informações são da Agência Câmara.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home