Depoente diz que Correios sabiam de acordo entre empresas
Em resposta ao relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o depoente negou que o acordo fosse uma tentativa de burlar a licitação para o serviço. "Não havia a intenção de fazer nada por baixo do pano. O objetivo era proteger a empresa que ganhasse a licitação, pois, em caso de pane de aeronave, ela seria multada em valor equivalente ao do contrato", explicou.
Segundo Ioannis, o edital dos Correios não exigia a liberação de aeronave reserva, mas a operacionalização do contrato determinava sua conveniência. "Se uma aeronave parasse, o serviço também pararia", disse.
Receita da Beta
O depoente disse que o contrato com os Correios corresponde a cerca de 30% da receita total da Beta. Ele explicou que a empresa faz transporte aéreo de cargas desde 1995, principalmente na rota São Paulo-Manaus-São Paulo, e integra uma holding com administração profissionalizada.
Ioannis disse ainda que é sócio proprietário da empresa desde 2002 e que Michel Abud Júnior, que também vai depor na CPMI nesta tarde, é o presidente executivo da Beta.
Denúncia investigada
A CPMI investiga a denúncia de um acordo entre a Beta e a Skymaster, por meio do qual as duas empresas disputariam as concorrências da Rede Postal Noturna dos Correios e a vencedora repassaria metade do contrato para a derrotada. Entre 2001 e 2003, as companhias operaram em parceria duas linhas do correio noturno.
O depoimento prossegue na sala 2 da ala Senador Nilo Coelho, no Senado.
As informações são da Agência Câmara.
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