Depoimento deixa Severino sem saída, afirma Geraldo Resende
Na visão do deputado federal Geraldo Resende (PPS-MS), membro da Mesa Diretora da Câmara, o depoimento prestado pelo empresário Sebastião Augusto Buani, em coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira, deixa sem saída o presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE). “A única medida possível é a cassação”, afirmou.
Para o parlamentar, a perda do mandato de Severino pode vir a representar um fortalecimento do Parlamento. Buani disse que, no início das negociações para renovação do contrato do restaurante Fiorella, em janeiro de 2003, Severino teria exigido que ele pagasse R$ 20 mil mensais. Houve então uma negociação. "Eu queria é que fosse R$ 2 mil, mas ele bateu o pé, queria R$ 10 mil", afirmou o empresário.
Durante a entrevista, que teve que ser interrompida pela emoção do empresário, que várias vezes citou a família e chegou a chorar, Buani afirmou que Severino teria insinuado que ele ganhava muito dinheiro com o restaurante e que, por isso, deveria pagar o "mensalinho", como a propina tem sido chamada. "Se eu não tivesse meus sete filhos para criar, eu teria rasgado aquela prorrogação de contrato e ido embora", disse.
A bancada do PPS já havia decidido representar contra Severino Cavalcanti na próxima semana. Com essas novas evidências, o pedido se torna mais palpável. Geraldo Resende analisa que esses acontecimentos vão, inclusive, servir para sustentar os demais procedimentos de cassação que estão tramitando contra dezoito deputados federais.
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