José Dirceu reafirma inocência e aponta falta de provas
Em depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o ex-ministro da Casa Civil e deputado José Dirceu (PT-SP) reafirmou sua inocência frente às acusações de que teria chefiado o suposto esquema do "mensalão". Dirceu declarou que é vítima do processo político da Câmara, sob o qual está a disputa pelo poder e a sucessão presidencial em 2006. "No entanto, mesmo em um julgamento político, há necessidade de provas, sejam elas documentais, testemunhais ou a própria confissão de culpa", disse. Ele ressaltou ainda que nenhuma das três opções existe em seu caso.
O ex-ministro negou que tenha organizado, consentido ou participado da compra de votos de parlamentares. Dirceu também lembrou que é acusado de ter conhecimento dos empréstimos feitos pelo PT por meio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. No entanto, o próprio ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares desmentiu a denúncia.
Bandido
Em suas palavras, o que está em jogo na representação que o PTB fez contra ele e depois tentou retirar é apenas a acusação de que ele teria sido o chefe do "mensalão". "O que se está julgando é a minha história e o projeto político que estamos construindo para o Brasil", analisou. Para Dirceu, é evidente que há um prejulgamento e um linchamento público dele próprio. "Do dia para a noite, virei bandido. De nada vale o fato de que nunca tenha respondido a um processo judicial ou administrativo."
Dirceu disse saber que a Câmara é uma Casa política e que o julgamento, nesses casos, também é político. "Mas cassar um mandato significa substituir o julgamento do eleitor", alertou.
O depoimento continua no plenário 9.
As informações são da Agência Câmara.
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