Novo relatório da CPMI dos Correios deve incluir presidente do PSDB
O relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), apresenta até quinta-feira da próxima semana (15), o segundo relatório parcial das investigações, que já duram cerca de 100 dias. Nesse relatório, Serraglio pretende apresentar o resultado das análises de parte dos 38 contratos dos Correios, concluídas ou próximas disso.
Ele disse que os trabalhos da CPMI não se encerrarão sem que tenha sido votado um relatório sobre o funcionamento do esquema financeiro do empresário Marcos Valério de Souza nas eleições para o governo de Minas em 1988. Ele negou acordo para proteger o presidente do PSDB, Eduardo Azeredo (MG) que usou o esquema de Valério para financiar sua campanha a governador de 1988.
“O caso de Azeredo será enviado ao Senado. O modus operandi do valerioduto em 1988 é igual ao de 2002 e ao de 2004. Foram oferecidos contratos públicos em garantia dos empréstimos, fato que escandalizou a todos”, disse.
Contratos Sobre a análise dos 38 contratos, elas vêm sendo feitas em parceria com o TCU (Tribunal de Contas da União) e a CGU (Controladoria Geral da União).
No caso das investigações conclusivas, Osmar Serraglio disse que serão encaminhadas ao Ministério Público sugestões de indiciamento das pessoas envolvidas. Ele afirmou que alguns contratos tiveram licitação viciada. No entanto, o relator não quis adiantar quais nem as pessoas envolvidas.
"Com certeza há contratos viciados. Vícios existem e, nestes casos, diretores [dos Correios], funcionários e empresários serão responsabilizados", afirmou o parlamentar. Ele não trabalha com a possibilidade de prorrogação dos trabalhos da CPMI para depois de novembro, quando termina o prazo para a apresentação do relatório final.
Segundo Serraglio, qualquer prorrogação de trabalho só ocorrerá "se ficar evidente que não tivemos tempo de analisar alguns contratos; a priori não admitimos isso. A idéia é concluir (os trabalhos) em novembro".
Agência Brasil
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