Presidente da Câmara contesta declarações de Buani
Cláudio Versiani/Ag. Câmara)
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, afirmou nesta quinta-feira que é inocente e que vai "restabelecer a verdade", ao ser questionado sobre as declarações do empresário Sebastião Augusto Buani, que administra o restaurante do 10º andar do anexo 4. O presidente está em Nova York, onde participa do encontro de chefes de parlamentos na Organização das Nações Unidas (ONU).
Na segunda-feira (5), Severino já havia pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria nas licitações e na execução dos contratos com os restaurantes de Sebastião Buani. O presidente pediu também a abertura de uma sindicância interna, a ser feita pela Diretoria-geral da Câmara, em todos os contratos e licitações que envolvem as empresas de Buani. Severino Cavalcanti ressalta ainda que não era 1º secretário na época e que, por isso, não detinha qualquer poder sobre os contratos da Casa.
Explicações administrativas
A Diretoria-geral da Câmara informou nesta quinta-feira que não houve qualquer tipo de benefício para o empresário Sebastião Augusto Buani, que administra o restaurante do 10º andar do anexo 4. Segundo a Diretoria-geral, na relação entre a Câmara e a empresa dele, todos os atos foram baseados nas leis e em pareceres técnicos dos órgãos da Casa.
De acordo com esclarecimentos da Diretoria-geral, também não procede a denúncia de que houve favorecimento na exploração do restaurante do anexo 3 pela Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade). O novo contrato com a Ascade, acertado em janeiro de 2004, foi assinado porque vencia contrato da Câmara em caráter excepcional com o restaurante Fiorella, de propriedade de Buani.
Avaliação ruim
Outro motivo para a assinatura do novo contrato foi pesquisa de satisfação feita com usuários, no período de 8 a 22 de novembro de 2002, que apontava uma avaliação muito ruim do restaurante. As respostas à pesquisa foram regular - 39%, ruim - 38%, bom - 21% e ótimo - 2%.
A Câmara, então, resolveu não manter o restaurante de Buani e contratar por seis meses uma empresa para prestar o serviço. O contrato seria por seis meses porque a Casa estava elaborando um novo formato de licitação para a concessão em separado dos seus quatro restaurantes. Ato da Mesa de 2003 (Ato 18/03) proibia que uma mesma empresa explorasse mais de uma concessão de restaurante na Casa.
Para fechar o novo contrato, a Câmara fez consulta a três empresas em busca do menor preço. Apresentaram propostas as empresas Taioba Self-Service Ltda, a Churrascaria Fogo do Galpão Ltda e a Ascade, que já tinha administrado o restaurante do anexo 3 e ofereceu o menor preço, ganhando a concessão.
As informações são da Agência Câmara.
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