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Jornalista (MTb 15083/93/39/RJ) formado pela PUC-RJ em 1987 e radialista (MTb 091/MS)- Produtor de programas de rádio e repórter desde 1975; cursou engenharia eletrônica na UGF (Universidade Gama Filho, RJ) em 1978; formado pelo CPOR-RJ (Centro de Preparação de Oficias da Reserva), 1979, é oficial R/2 da reserva da arma de Engenharia do Exército; fundador e monitor da rádio PUC-RJ, 1983; repórter e editor do Sistema Globo de Rádio no Rio de Janeiro (1985 a 1987); coordenador de jornalismo do Sistema Globo de Rádio no Nordeste, Recife, PE(1988/1989);repórter da rádio Clube de Corumbá, MS (1975 a 2000); correspondente, em emissoras afiliadas no Pantanal, da rádio Voz da América (Voice Of America), de Washington, DC; repórter da rádio Independente de Aquidauana, MS (www.pantanalnews.com.br/radioindependente), desde 1985; editor do site Pantanal News (www.pantanalnews.com.br) e CPN (Central Pantaneira de Notícias), desde 1998; no blog desde 15 de junho de 2005. E-mails: armando@pantanalnews.com.br ; armandoaanache@yahoo.com

segunda-feira, outubro 10, 2005

Iagro interdita rebanho de cinco municípios de MS

O diretor da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Aristóteles Ferreira Júnior; o diretor-presidente do Iagro, João Crisostomo Mauad Cavalléro e o superintendente federal de Agricultura, José Antônio Felício; durante entrevista coletiva em Campo Grande (Foto: Saul Schramm Jr./APn)

Campo Grande (MS) - O governo federal, por meio da Iagro (Agência de Defesa Sanitária Vegetal e Animal de Mato Grosso do Sul) e da Superintendência Federal de Agricultura, interditou hoje cinco municípios do Estado, devido à confirmação, ontem, da suspeita de febre aftosa em uma fazenda do município de Eldorado, pelo laboratório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Recife.
Foram interditados, além de Eldorado, com 103.304 cabeças de gado, os municípios de Iguatemi (rebanho de 281.778 animais), Itaquiraí (202.245), Japorã (56.043) e Mundo Novo (42.504), que juntos correspondem a cerca de 3% do rebanho do Estado.
Dentro das medidas de proteção, todos os animais das propriedades começam a ser abatidos hoje. Cerca de 140 apresentaram sintomas e 582 ao todo serão sacrificados. O governo federal também baixou uma instrução proibindo a movimentação de animais, produtos e subprodutos na região.
“A recuperação do status de zona livre de febre aftosa por vacinação é a nossa meta desde já”, afirma o diretor-presidente do Iagro, João Crisostomo Mauad Cavalléro, o João Pará.
Para que isso ocorra, ele explica que o Estado precisa sacrificar os animais dentro das regras técnicas e fazer todos os procedimentos que têm que ser feitos: sacrifício dos animais, limpeza e desinfecção da propriedade, vazio sanitário (ausência total de rebanhos), introdução de animais de sentinela (animal susceptível colocado na área submetida ao vazio sanitário) e repovoamento.
Feitos esses procedimentos e após pesquisa de atividade viral na região, Mato Grosso do Sul poderá recuperar o status em seis meses.
Os governos federal e estadual investigam a origem do foco. Mais de cem pessoas trabalham no local. Vinte e uma equipes atuam tanto no raio de três quilômetros (a chamada zona infectada), como no raio de sete quilômetros (zona de vigilância) e no raio de quinze quilômetros (zona de proteção ou tampão). “Nós estamos tendo apoio total e irrestrito do governo federal, do governo do estado e dos produtores rurais do Estado”, diz o diretor-presidente da Iagro.
Os órgãos responsáveis estão fazendo uma análise prospectiva e retrospectiva dos últimos 60 dias da movimentação de animais na propriedade. Conforme o diretor da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Aristóteles Ferreira Júnior, a informação é de que todas as vacinações foram feitas e a fazenda tem acompanhamento técnico de um veterinário particular. “Trata-se de um rebanho que deveria estar imunizado que recebeu todas as vacinações e, mesmo assim, constata-se a ocorrência desses casos de febre aftosa”, aponta.
Repensar defesa - Por conta disso, Cavalléro argumenta que o governo federal, em conjunto com os Estados, deve reconsiderar o pensamento em defesa sanitária animal. Ele diz que são gastos anualmente em torno de R$ 1 bilhão em vacina no Brasil. Mato Grosso do Sul gasta pelo menos R$ 45 milhões nas três etapas (R$ 25 milhões, R$ 13 milhões e R$ 7 milhões).
“O Estado tem 99% de fator de vacinação, então não justifica [o foco em Eldorado]. E toda a vez que a gente consegue avançar, tem um susto desse. Precisamos reformular”. Ele citou o fato de a União Européia ter suprimido a vacinação em seu território em 1993 e da Inglaterra ter gasto £ 11 bilhões (libras esterlinas) para erradicação sem vacina.
No Brasil, poderiam, como explica, serem aplicados mecanismos do sistema de atenção e vigilância, com caracterização de risco, fluxo de trajetória, estabelecimento de zona de proteção. “E mantermos permanentemente nas zonas de risco um inquérito soroepidemiológico para companhar a região”, complementa.
Repasses - Nós últimos anos o governo federal repassou R$ 1,9 milhão para Mato Grosso do Sul, que tem 25 milhões de cabeças de gado e é responsável por quase 60% das exportações de carne no Brasil.
O Estado pleiteou R$ 15 milhões de repasse para sanar o problema em Eldorado, mas, por enquanto, o governo federal se dispôs a repassar R$ 4 milhões.

Fonte: Vevila Junqueira, da APn