Palocci atribui acusações a acirramento da disputa política
São Paulo - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse nesta noite que as acusações contra ele – de que teria havido caixa 2 em sua gestão como prefeito da cidade de Ribeirão Preto, no interior paulista – nascem de um "acirramento político" que "não é bom para o país". E acrescentou que "é uma denúncia apresentada pelo presidente local do PSDB".
Após palestra na abertura do Fórum Nacional - Sistemas de Garantias de Crédito, o ministro concedeu entrevista coletiva à imprensa, na qual fez questão de primeiro responder às perguntas sobre a importância do evento e, depois, àquelas sobre as denúncias que, segundo Palocci, "já fazem parte do ambiente de disputa política".
O ministro disse ainda que "não é bom que o conflito político, que estava voltado para um processo de investigação, comece a se consolidar como um quadro de conflito eleitoral". Mas ressalvou que respeita essa situação: "Acho que nós vamos ter de conviver com isso, provavelmente o processo eleitoral do ano que vem esteja começando, esteja antecipado. Essa notícia que vem da prefeitura foi uma notícia produzida politicamente, partidariamente. Vamos deixar os instrumentos que existem de investigação funcionarem. Todos os homens públicos têm de estar sujeitos a investigação quando existe qualquer suspeita".
Sobre outra acusação, a de que teria havido contribuição financeira vinda de Cuba para o PT, Palocci disse não acreditar e lembrou acusação anterior, de suposta contribuição do mesmo tipo por parte do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc): "Acho uma história cheia de contradições e um tanto fantasiosa, muito parecida com a matéria recente que falava também de recursos das Farc para o PT. Acho que essas histórias devem ser verificadas, mas eu sinceramente não acredito nisso. Eu acho que isso não ocorreu de forma alguma".
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