Sub-relatoria encontra "conta-mãe" de valerioduto
Os recursos que abasteceram a "conta-mãe", como está sendo chamada, vieram do próprio Marcos Valério, de sua mulher, Renilda Santiago, das empresas ligadas a ambos e de outras como a Cosipa, a Usiminas, a Telemig Celular e das prefeituras de Contagem e de Betim (ambas em Minas Gerais), que possuíam contratos de publicidade com a DNA e a SMP&B.Segundo o deputado, a investigação foi feita de forma invertida, já que a CPI tinha em seu poder a relação das pessoas que sacaram dinheiro nas contas. A partir daí, investigou-se o caminho inverso das movimentações até se chegar à conta por onde os valores eram distribuídos.
- Chegamos à conta-mãe, e nela há recursos de diferentes fontes. Mas isso não significa que essas fontes abasteceram o sistema de financiamento ilegal - frisou o deputado.
Agora, informou Fruet, a CPI vai pedir auditorias nesses contratos para saber por quê o dinheiro dessas empresas está na conta que alimentou os repasses feitos para Delúbio e pessoas ligadas a ele. As empresas públicas já estão passando por auditagem pelo TCU, e as privadas também sofrerão auditorias.
- Após a análise de 40 mil movimentações bancárias, vamos partir para a investigação - disse.
Empréstimos
A versão defendida por Delúbio Soares e por Marcos Valério, de que o empresário teria contraído empréstimos em Banco para emprestar o dinheiro para o PT, na opinião do deputado, também se desfez com a descoberta.
- Podemos afirmar que entre ele e o PT não há empréstimo - garantiu.
Fruet afirmou que, comparando o fluxo de saída do dinheiro para Delúbio e o fluxo das entradas dos recursos para os empréstimos, "não há um casamento, não há relação direta". Segundo o parlamentar, os repasses ao PT, inclusive, começaram a ser feitos antes do primeiro empréstimo.
Marcos Valério pegou emprestado R$ 55,2 milhões e teria repassado a Delúbio R$ 55,9 milhões, o que, para o sub-relator da CPI, não tem lógica.
-Qual o sentido de alguém pegar dinheiro emprestado em um banco e repassar para um partido ligado ao governo?- enfatizou Fruet.
O parlamentar fez questão de ressaltar que aceitar que houve tal empréstimo é legitimar a agiotagem no país, já que as empresas de Marcos Valério não têm autorização do Banco Central para emprestar dinheiro. Ele lembrou ainda que a retificação contável de Marcos Valério ao Imposto de Renda, incluindo os empréstimos ao PT realizados em 2002, só foi feita no segundo semestre deste ano, após as denúncias virem a público.
- Não há empréstimos porque, se existissem, Marcos Valério não precisaria entrar na Justiça, como está fazendo, para comprová-lo. Ele teria um contrato, uma nota promissória ou outro título executivo para cobrar diretamente a dívida - enfatizou Fruet.
As informações são da Agência Senado.
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