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Jornalista (MTb 15083/93/39/RJ) formado pela PUC-RJ em 1987 e radialista (MTb 091/MS)- Produtor de programas de rádio e repórter desde 1975; cursou engenharia eletrônica na UGF (Universidade Gama Filho, RJ) em 1978; formado pelo CPOR-RJ (Centro de Preparação de Oficias da Reserva), 1979, é oficial R/2 da reserva da arma de Engenharia do Exército; fundador e monitor da rádio PUC-RJ, 1983; repórter e editor do Sistema Globo de Rádio no Rio de Janeiro (1985 a 1987); coordenador de jornalismo do Sistema Globo de Rádio no Nordeste, Recife, PE(1988/1989);repórter da rádio Clube de Corumbá, MS (1975 a 2000); correspondente, em emissoras afiliadas no Pantanal, da rádio Voz da América (Voice Of America), de Washington, DC; repórter da rádio Independente de Aquidauana, MS (www.pantanalnews.com.br/radioindependente), desde 1985; editor do site Pantanal News (www.pantanalnews.com.br) e CPN (Central Pantaneira de Notícias), desde 1998; no blog desde 15 de junho de 2005. E-mails: armando@pantanalnews.com.br ; armandoaanache@yahoo.com

sábado, novembro 19, 2005

Artigo de Luiz Leitão: A pizza milionária

"A pizza milionária" é o título do artigo de Luiz Leitão, colaborador do blog e do site Pananal News. Leia abaixo:

A pizza milionária

Por Luiz Leitão (*)
Se a sociedade já estava possessa com o andamento desta CPMI(Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Mensalão, e, pior, com o fato de o relator, deputado Ibrahim Abi-Ackel(PP-MG) fazer parte, junto com seu filho, do rol dos acusados de terem sido abastecidos pelo valerioduto, mais motivos para indignação terá agora que ela foi encerrada sem nada produzir.
Faz tempo que já se falava em CPIs terminando em pizza, mas esta foi a redonda mais cara do mundo, custou a bagatela de 4,7 milhões de reais, o valor cobrado por duas empresas de auditoria para assessorar os seus integrantes, que alegavam não dar conta do trabalho.
Suas excelências não se cansam de nos tomar por tolos, o relator dizendo que não sabia que o prazo para prorrogação da Comissão estava próximo, donde cabe argüir então para que tantos assessores parlamentares? Acaso nossos laboriosos deputados não têm uma coisa trivial chamada agenda, ou uma secretária?
Aliás, pode-se dizer que esta inútil CPMI custou mais ainda, os salários dos seus integrantes e auxiliares, as verbas de gabinete e representação e muitos etcéteras. Ora, Ackel pode ser tudo, menos amador: foi vereador em Manhuaçu-MG, deputado estadual, está na sétima legislatura de deputado federal e foi ministro da Justiça de 1979 até 1983.
E o que teria a dizer o senador Amir Lando (PMDB-RO), o presidente desta CPMI chapa-branca? Não se responsabiliza pelo desperdício de recursos públicos gastos nesta palhaçada? Para quem quiser dirigir-lhe a pergunta diretamente: amir.lando@senado.gov.br.
Seguem os nomes de todos os integrantes da CPIzza de ouro, para que os eleitores se lembrem deles em 2006, quando voltarão a mendigar votos: Dep. Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP; Dep. Carlos Dunga (PTB/PB); Dep. Devanir Ribeiro (PT/SP); Dep. Fernando Coruja (PPS/SC); Dep. Ibrahim Abi-Ackel (PP/MG); Dep. João Correia (PMDB/AC); Dep. José Rocha (PFL/BA); Dep. Júlio Redecker (PSDB/RS); Dep. Luiz Antonio Fleury (PTB/SP); Dep. Luiz Couto (PT/PB); Dep. Mauro Lopes (PMDB/MG); Dep. Paulo Baltazar (PSB/RJ; Dep. Paulo Pimenta (PT/RS); Dep. Raul Jungmann (PPS/PE); Dep. Wladimir Afonso da Costa Rabelo (PMDB/PA); Dep. Zulaiê Cobra Ribeiro (PSDB/SP); Sen. Almeida Lima (PMDB/SE); Sen. Amir Lando (PMDB/RO); Sen. Ana Júlia Carepa (PT/PA); Sen. Augusto Botelho (PDT/RR); Sen. Eduardo Suplicy (PT/SP); Sen. Fátima Cleide (PT/RO); Sen. João Baptista da Motta (PMDB/ES); Sen. José Agripino (PFL/RN); Sen. José Jorge (PFL/PE); Sen. Luiz Soares (Sem partido/MT); Sen. Maguito Vilela (PMDB/GO); Sen. Ney Suassuna (PMDB/PB); Sen. Pedro Simon (PMDB/RS); Sen. Rodolpho Tourinho (PFL/GO); Sen. Serys Slhessarenko (PT/MT); Sen. Valmir Amaral (PP/DF); Sen. Wellington Salgado (PMDB/MG).
Nada menos que 33 parlamentares, funcionários públicos, juntos com duas empresas de auditoria, não conseguiram produzir nada além da conveniente e ridícula conclusão de que 'só' houve caixa dois, melhor dizendo na língua deles, 'recursos não-contabilizados', soa mais elegante, nobre até.
Levaram 120 dias para não concluir coisa alguma . Vejamos o custo salarial desta palhaçada: 4 (meses) x (12.847,20 de salário +70.000,00 de verba de representação, etc.) x 33(Nº de integrantes) = R$ 10.935.830,00 !! Sem contar os 4,7 milhões das auditorias. Certamente um exagero do articulista, pois é claro que a dedicação dos nobres parlamentares não foi em tempo integral, tem a visita às bases, discursos no plenário, etc.
Se servir de consolo ao leitor, em Israel também se pratica o caixa dois, mas o filho do primeiro-ministro Ariel Sharon, deputado Omri Sharon, foi pego e terá de renunciar ao mandato. Arrecadou fundos para acampanha do pai em 2001 e poderá até ser preso, mas alguém acredita? No fundo, no fundo, são todos iguais.
(*) Luiz Leitão
Articulista, Brasil
Luizleitao@ebb.com.br