Revista Época: "A armação"
Leia abaixo um trecho:
A caixa-preta do Rural
Documentos e o testemunho de ex-superintendente revelam como o banco ajudou o PT e Marcos Valério no mensalão
DAVID FRIEDLANDER E LEANDRO LOYOLA
"Desde que apareceu como a casa do mensalão, o Banco Rural alega ter se envolvido com o PT e Marcos Valério por iniciativa exclusiva de seu ex-vice-presidente José Augusto Dumont, falecido no ano passado. Dumont era realmente amigo de Valério e por meio dele se aproximou de Delúbio Soares, então tesoureiro do partido. Há fortes sinais, no entanto, de que o esquema não foi coisa só de Dumont. Documentos obtidos por ÉPOCA e o depoimento do ex-superintendente do Rural Carlos Godinho mostram que, mesmo após a morte do executivo, toda a diretoria do banco continuou encenando a farsa dos empréstimos - e ninguém desconhecia que tudo era mesmo uma enorme farsa.
No centro dessa armação há um conjunto de supostos empréstimos, no valor total de R$ 55 milhões, que teriam sido feitos ao PT e a empresas de Marcos Valério para pagar dívidas de campanhas de políticos petistas e da base aliada. A maior parte do dinheiro tinha saído do Banco Rural - outra parte do BMG. Logo que essa história veio à tona, o Rural declarou, através de um comunicado encaminhado à imprensa, 'que foi Dumont quem apresentou Valério a integrantes da cúpula do PT'. No mesmo documento, dizia que, após a morte de Dumont, Kátia Rabello, presidente do banco, determinara 'um reordenamento administrativo tendo por objetivo a busca constante da transparência e o reforço à solidez da gestão'. Mais: que essa reestruturação envolveria 'revisão de procedimentos para concessão de crédito, melhoria dos índices de eficiência'. Ou seja, a instituição comunicava que havia decidido mudar seus 'procedimentos'..."
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