Conselho de Ética envia nota para obter apoio do STF
Alegações sem sentido
O conselho responde que a reclamação quanto à ordem das testemunhas "não faz o menor sentido", já que a inversão não teria prejudicado o ex-ministro. Além disso, cita acórdão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que autoriza o procedimento em processos criminais. O texto afirma que, no conselho, não há testemunhas de acusação, referindo-se àquelas convocadas pelo relator. A nota ressalta ainda que, ao final de cada instância do processo disciplinar, o deputado envolvido na denúncia e seus advogados contam com a palavra para sua defesa. Em relação às restrições de Dirceu quanto à suposta utilização de provas ilícitas pelo relator de seu processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), o documento ressalta que as informações usadas pelo relator já eram públicas. Além disso, Delgado já tinha suprimido trechos de seu parecer para atender a recomendação do ministro Eros Grau contra o uso de dados fornecidos pelas comissões parlamentares mistas de inquérito dos Correios e da Compra de Votos.
Tribunal político
A nota do Conselho de Ética também procura familiarizar o Supremo com o trabalho e o papel a ser desempenhado pelo órgão da Câmara. Diz o texto que o conselho é um tribunal político, cujo referendo final é dado não pelos seus integrantes, mas pelo total de deputados da Casa. Mais do que isso, o conselho tem a missão de defender a reputação do Legislativo. "É um apelo técnico, jurídico, parlamentar e de bom senso", ressaltou Izar.
Julgamento empatado
A votação pelo Supremo do mandado de segurança de Dirceu está empatada e será decidida na próxima semana com o voto do ministro Sepúlveda Pertence. Na sessão realizada na tarde de ontem (23), cinco ministros votaram contra o mandado apresentado por Dirceu e cinco se manifestaram favoravelmente. Pertence não participou da votação porque estava em licença médica.
As informações são da Agência Câmara.
Leia a íntegra da nota do Conselho de Ética
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