CPMI: Renan deve examinar três retiradas de apoio

Estão ainda pendentes três casos de pedidos de retirada de assinaturas para a prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. Sobre todos eles, segundo a Secretaria Geral da Mesa da Câmara, a palavra final será do presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros.Um dos problemas refere-se ao pedido de exclusão da assinatura feito pelo deputado Francisco Dornelles (PP-RJ). No documento enviado à SGM em que o parlamentar pede a retirada de seu apoio à prorrogação da CPMI, a assinatura não conferia. No entanto, o próprio deputado Dornelles confirmou posteriormente que a assinatura era legítima.
Antes e depois
Os outros dois casos são semelhantes entre si: os deputados Wladimir Costa (PMDB-PA) e Carlos Willian (PMDB-MG) enviaram pedidos para incluir suas assinaturas e depois solicitaram a retirada. Ocorre que ambos os parlamentares remeteram seus apoios à prorrogação por e-mail. Como houve demora para escanear essas mensagens, elas acabaram chegando à SGM depois do pedido de retirada de assinatura, feito pelos dois deputados.
A SGM afirma que, juridicamente, valeria a última ação - o pedido de inclusão, que na verdade foi feito antes.
A oposição quer prorrogar as atividades da CPMI dos Correios até abril de 2006. Caso isso não aconteça, a comissão deverá concluir seus trabalhos até 12 de dezembro deste ano.
As informações são da Agência Câmara.

Comentário do blog: É a tal coisa, inexplicável para os simples mortais, como todos nós do povo trabalhador e pagador de impostos. Por que o parlamentar assina um pedido de prorrogação dos trabalhos da CPMI dos Correios e, depois, pede para que essa mesma assinatura seja retirada?
Soa, no mínimo, estranho. Afinal, se assinou ontem, por que o desejo irresistível de apagar a rubrica hoje?
São atitudes desse tipo que contribuem, sem dúvida, para a queda livre do conceito e da credibilidade de muitos dos "nobres parlamentares" que formam o nosso Congresso Nacional.
Ou, falando bem no popular: Parece achaque ou vontade de faturar algo às custas da desgraça - neste caso do governo - alheia. Assina hoje, negocia amanhã alguns favores federais e retira a assinatura depois de amanhã.
Só isso. Ou tudo isso.
É claro que falo aqui em tese. São apenas possibilidades que habitam o imaginário popular, não é mesmo?