Jungmann: Intenção do governo era abafar e sufocar as investigações
O deputado Raul Jungmann (PE), vice-líder do PPS na Câmara, disse nesta sexta-feira (11) que a manobra perpetrada pela base aliada para a retirada de assinaturas do pedido de prorrogação da CPI dos Correios foi uma demonstração explícita de que o Palácio do Planalto está empenhado pessoalmente em abafar e sufocar as investigações de corrupção no governo Lula.
Apesar do esforço dos governistas, a dilatação do prazo das investigações acabou sendo mantido com a confirmação das 171 assinaturas de deputados - número mínimio exigido pelo regimento comum do Congresso - e de 35 senadores, oito a mais que o necessário.
“Agora, a máscara caiu em definitivo e o discurso do presidente Lula, de que ficaria neutro e que era favorável a toda e qualquer investigação, não resistiu a 72 horas da identificação das fontes do ´velerioduto` e do `delubioduto´”, disse, referindo-se ao fato do relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), ter revelado que o Banco do Brasil, por meio da Visanet, repassou dinheiro de forma irregular para as agências de publicidade do empresário Marcos Valério e este ao PT.
Jungmann disse que esse episódio é um “sinal vermelho” para o governo de que a sua “postura neutra pró-CPIs” não tem mais “como se sustentar”. “Fica claro e evidente o interesse que se tem em não só não abafar, mas também de sufocar as apurações que levam a origem do assalto e da corrupção instalada no estado brasileiro”, afirma. Para o deputado, a manobra para abortar a prorrogação da CPI foi um estratégia do governo para evitar a divulgação dos dados da conta que o publicitário Duda Mendonça mantém no exterior.
Segundo o parlamentar pernambucano, as informações sobre a movimentação financeira de Duda fora do país são “um trampolim” para se chegar ao “coração do governo”. Ele disse que a confirmação da prorrogação da CPI dos Correios até abril do ano é uma vitória dos partidos comprometidos com as investigações das fontes de recursos que irrigaram o “valerioduto” e o “delubioduto”.
Dos partidos de oposição, apenas deputados do PPS, PSOL e Prona não retiram assinaturas do requerimento de prorrogação da CPI dos Correios.
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