Jungmann: Lula corre risco de disputar eleição sofrendo impeachment
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) afirmou hoje que o presidente Lula corre o risco de passar para a história como o primeiro mandatário da nação a disputar uma eleição sob processo de impeachment. Segundo o vice-líder do PPS na Câmara, mesmo que o presidente tenha reiterado seu desconhecimento sobre irregularidades praticadas no seio do governo e pelo PT, essa negativa não resistirá por muito tempo.
“Cada vez mais a situação dele (Lula ) fica difícil. Se alguma iniciativa for tomada até meados do próximo ano, o presidente corre o risco de ser impedido, sim”, afirmou.
Para Jungmann, o presidente Lula tentar passar à opinião pública que foi traído e que é uma ilha de desconhecimento cercada de irregularidades por todos os lados. Mas, segundo ele, a estratégia presidencial não vai resistir por muito tempo diante da pressão popular. Pesquisa divulgada recentemente pela CNT/Sensus registrou a queda de popularidade do presidente da República por causa das denúncias de corrupção e mostrou que os dois mil entrevistados em 24 estados da federação praticamente se dividiram quando perguntados sobre seu envolvimento nas irregularidades.
“A ilha (o presidente) de desconhecimento, por mais virtual que seja, não vai aguentar o aquecimento dos oceanos (a reação da sociedade). O furacão que se forma tende a engoli-lo. Daí para frente, vamos ladeira abaixo”, analisou. Para o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, o governo do PT, politicamente, já acabou. Mesmo assim, o deputado acredita que o presidente da República, “mesmo sangrando”, vai tentar se defender das denúncias até o último dia de gestão.
Eleições
Sobre a disputa nas próximas eleições, o parlamentar disse que, se forem mantidas as condições atuais e mesmo que os cofres públicos sejam colocados à disposição da campanha, Lula só terá fôlego no primeiro turno. “Mas na passagem do primeiro para o segundo turno, ele não conseguirá realinhar forças suficientes para fazer frente a quem tiver do outro lado, seja qual for o candidato. Não tem cofre que caiba a demanda represada do povo brasileiro ”, concluiu Jungmann.
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