Deputado está acorrentado no Plenário
Chicão Brígido se acorrenta a cadeira do Plenário. A notícia é da Agência Câmara, com reportagem de Marcello Larcher e edição de Marcos Rossi:
O suplente de deputado Chicão Brígido (PMDB-AC) está acorrentado em uma cadeira do Plenário. A deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), vice-líder de seu partido, leu uma carta de Brígido em que ele promete esperar ali o cumprimento de liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8. A liminar determina à Mesa Diretora da Câmara que declare a perda de mandato do deputado Ronivon Santiago (PP-AC) e dê posse a Brígido.
O primeiro-secretário da Câmara, deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE), explicou que a Mesa Diretora está cumprindo os prazos regimentais para cumprir a decisão, dando a Ronivon Santiago um prazo de cinco sessões para sua defesa. Ele foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Acre por compra de votos na eleição de 2002, mas se manteve no cargo graças a liminar concedida pelo ministro Humberto Gomes de Barros, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A liminar foi cassada pelo plenário do TSE em 20 de julho de 2004.
Comentário do blog: O povo brasileiro gostaria de ver muitos políticos algemados - não todos, é claro, pois "toda a generalização ou unanimidade é burra", como já escreveu o grande Nelson Rodrigues - e acorrentados naquelas bolas pesadas de ferro puro, usadas nas penitenciárias do estado do Alabama, nos Estados Unidos da América.
O suplente de deputado federal Chicão Brígido, com o seu inusitado protesto, em defesa da sua posse na Câmara, proporciona uma imagem muito interessante.
A pergunta que fica é esta: E os ladrões do dinheiro público, envolvidos no mensalão? Será que terão o mesmo destino, com direito à defesa, contraditório e, se condenados, ganharão de presente do povo brasileiro braceletes de aço inoxidável - popularmente conhecidos como algemas -, com correntes e bolas de ferro presas aos calcanhares? O leitor(a) já imaginou a cena, com uma fila de "mensaleiros" saindo do Plenário, algemados e acorrentados uns aos outros, com destino aos carros - os populares "camburões" - da polícia, para um inesquecível traslado até a penitenciária federal da Amazônia (que ainda não foi construída)?
Calma, gente! A nossa legislação não permite que o sonho do povão seja concretizado.
Portanto, vamos aguardar o fim das CPI's em andamento. Afinal, somos escravos da lei e, fora dela, não há salvação. Não é mesmo?
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