CPI dos Bingos marca depoimento de Palocci para 2006
Brasília – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos aprovou há pouco a realização do depoimento do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, na primeira semana após o fim do recesso. A data exata dependerá agora da definição sobre o retorno às atividades legislativas em janeiro ou fevereiro.
O presidente da CPI, senador Efraim Moraes (PFL-PB), diz que, se o ministro não comparecer na primeira semana após o recesso, será colocado em votação um pedido de convocação de Palocci, para que ele seja obrigado a depor. Em novembro, parlamentares de oposição e da base do governo fecharam um acordo que previa a ida do ministro à comissão, por convite, ainda este ano. Passado o prazo, Palocci não atendeu ao convite.
"Estamos fazendo o que devíamos fazer. O ministro se desculpou hoje através de carta, reiterando sua disposição de depor em outra ocasião e deixou claro que a vinda não aconteceu em função dos dias difíceis que passa o ministro e seu ministério", reconhece o senador Efraim Moares. "A CPI entendeu essa posição e fez com que ele receba mais essa deferência. Se ele decidir que não vira na primeira semana, ele será convocado através de requerimento da CPI. Nada interessa em ser convite ou convocação. É um convite e/ou convocação."
O presidente da CPI dos Bingos lembrou ainda que mesmo se fosse votado o requerimento de convocação hoje, o depoimento só ocorreria no ano que vem. As pessoas convocadas pela CPI têm 30 dias de prazo regimental para se apresentar. "Se nós radicalizássemos e o ministro caísse, a responsabilidade seria da CPI. Não queremos derrubar ministro, queremos investigar. Se ele não for ministro na época, será chamado o cidadão para depor", afirma Moraes.
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