Heráclito relembra sete meses do início do escândalo e diz que oposição é ajuizada
As informações são da Agência Senado.
Comentário do blog: O agora tristemente famoso Maurício Marinho nasceu em Aquidauana, Mato Grosso do Sul. Gosta de pescar aqui no Pantanal Sul, sempre em companhia de familiares e amigos. Comenta-se na região que o seu salários nos Correios devia ser de mais de R$10 mil, antes do estouro do escândalo..
Foi em Anastácio - cidade vizinha a Aquidauana, a 135 quilômetros a oeste de Campo Grande - que uma empresária garantiu ao blog ter visto Marinho, junto com o então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), comendo peixe num restaurante.
Marinho e Jefferson negam esse fato. A empresária, que gravou entrevista comigo, teve todas as chances de afirmar que não era o deputado Jefferson a pessoa que viu ao lado de Marinho, na margem esquerda do rio Aquidauana.
Depois que a entrevista foi citada em Brasília, pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a empresária pasou a negar tudo o que havia dito e gravado em entrevista.
Comportamento idêntico aconteceu recentemente na CPI em Brasília, quando o economista Vladimir Poleto, de Ribeirão Preto, garantiu que tudo o que havia dito ao jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja, a respeito dos dólares que teriam vindo de Cuba para a campanha política do presidente Lula.
Poleto foi desmascarado ao vivo, com a divulgação da entrevista gravada por ele, e sem demonstrar estar bêbado, como havia dito anteriormente, na tentativa de justificar as informações passadas ao colega Policarpo Júnior.
Aqui no Pantanal Sul, também tive que mostrar a gravação feita com a empresária, depois que ela própria resolveu divulgar a sua identidade, quebrando o acordo feito comigo sobre o sigilo da fonte. Com um exemplar da revista Veja à sua frente, com fotos do deputado Jefferson e de Maurício Marinho, ela garantiu várias vezes que eram os dois personagens do escândalo as pessoas que ela vira no restaurante.
O MS TV, da TV Morena, afiliada da rede Globo de Televisão, numa reportagem feita pela colega Claúdia Gaigher, mostrou a minha entrevista e o advogado da empresária, que negava as informações gravadas em entrevista aberta, sem microfone ou gravador escondidos.
Depois, o mesmo "modus operandi" - ou maneira de operar - do Pantanal Sul acabou se repetindo em Brasília, com o simpático e engraçado Poleto, que também negava tudo o que dissera, alegando ter "bebido alguns chopes a mais..."
É, leitor (a) do blog. A culpa é sempre nossa. Nós jornalistas é que inventamos o que os nossos entrevistados dizem.
Parece brinacadeira, mas é assim mesmo que funciona na maioria das vezes. "Eles" falam, garantem que as informações são verdadeiras, nós checamos, eles confirmam novamente, nós publicamos e depois somos processados.
Ontem (12) o mestre Ricardo Noblat, no seu blog, agora no Estadão.com, também denunciou que está sendo processado pelo ex-deputado - que renunciou ao mandato devido ao escândalo do "dinheiro não contabilizado" fornecido pelo PT ao PL - Waldemar Costa Neto.
O "crime" no Noblat? Ter publicado fatos em forma de notícia no seu blog.
É por essas e outras que, aqui no Brasil, costumo afirmar que "jornalismo sério e verdadeiro sem processos é como uma operação do coração humano sem sangue ... Não existe!"
Só isso. Ou tudo isso.
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