Delcidio se diz contra convocação de diretores do BC
O presidente da CPMI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), afirmou que a reunião que ocorre neste momento entre integrantes da comissão e do Banco Central poderá evitar a futura convocação de diretores da autarquia. "Vamos esperar para ver se as explicações são pertinentes para evitar a convocação da diretoria do Banco Central", disse, ao seguir para a reunião de líderes. Delcidio é contrário à convocação desses diretores devido à "responsabilidade que envolve esses cargos". Para o senador, uma eventual convocação da diretoria da Banco Central com base apenas nas declarações feitas pelo ex-superintendente do Banco Rural Carlos Godinho seria precipitada. Godinho, em depoimento na CPMI na semana passada, disse que os empréstimos feitos pelo banco ao PT e à agência de publicidade SMPB, do empresário Marcos Valério, foram atípicos e que foram feitos para não ser pagos e que a cada 90 dias eram renovados, sem nunca serem liquidados e sem nenhuma amortização dos juros. "Eu duvido que um diretor do Banco Central, com a responsabilidade que ele tem, faria vista grossa a algum tipo de operação", considerou o senador. Apesar da defesa, Delcidio admitiu que há falhas nos sistemas de controle do sistema financeiro por parte do Banco Central e disse já ter conversado com o presidente da autarquia, Henrique Meirelles, para que a CPMI e o BC apresentem proposta conjunta que melhore esse controle.
Recesso
Questionado sobre o andamento das investigações da comissão nos próximos meses, Delcidio Amaral afirmou que vai defender a continuidade dos trabalhos durante o recesso, desde que não haja custo para a Câmara ou para o Senado. "É necessário avaliar possibilidade jurídica para isso."
Caso não seja aprovada a convocação extraordinária do Congresso, o presidente da comissão anunciou que os integrantes da CPMI irão trabalhar, mas não poderão marcar depoimentos. Delcidio destacou ainda que as sub-relatorias de Movimentação Financeira, de Contratos e a do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) deverão concluir seus trabalhos até fevereiro, ficando pendente apenas a sub-relatoria de Fundos de Pensão, "que é mais recente e trata de um tema mais complexo".
As informações são da Agência Câmara.
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