Wanderval culpa Carlos Rodrigues por saque de R$ 150 mil
O deputado explicou ao relator do processo, deputado Chico Alencar (Psol-RJ), que seus assessores atendiam rotineiramente a pedidos do ex-deputado. "Não pensava que Carlos Rodrigues usaria meus funcionários em benefício próprio", lamentou, destacando que o ex-deputado já lhe pedira perdão.
Subordinação
Wanderval Santos afirmou que não existe mais o mecanismo de subordinação de mandato entre os deputados da bancada da Igreja Universal do Reino de Deus. Ele declarou que, mesmo quando havia esse sistema de obediência, exerceu o mandato com independência, sem prejuízo para os trabalhos políticos da Casa. "Apresentei diversos projetos", disse.
Em relação à representação no Conselho de Ética, Wanderval Santos disse que está sendo envolvido injustamente. Ele reclamou que o ex-deputado Carlos Rodrigues demorou a assumir sua responsabilidade sobre o caso. "Ele me enlameou."
Wanderval Santos não soube explicar porque o ex-deputado não mandou o próprio motorista efetuar o saque. "Não questiono as atitudes de Carlos Rodrigues. Como político e evangélico, ele tinha um grande volume de tarefas a desempenhar", comentou.
Ele ressaltou que não via necessidade de saber mais detalhes sobre os serviços prestados por seus auxiliares porque tinha confiança plena em Carlos Rodrigues. "Pensei em demitir o motorista, mas entendi que ele não tinha culpa, já que apenas cumpriu ordens", contou.
Emenda ao Orçamento
Wanderval Santos admitiu que um assessor seu faz parte da administração da fundação Maria Fernandes dos Santos, que é beneficiada com recursos em uma emenda que apresentou ao Orçamento 2006. A entidade fica no município de Marquês, no Rio Grande do Norte. "Achei estranho o deputado apresentar uma emenda para outro estado", comentou Chico Alencar.
O depoente também afirmou que é dono de várias emissoras de rádio e pretende passar as cotas para Roraima, onde vai fixar residência.
Carlos Rodrigues
Chico Alencar observou que o acusado imputa a culpa ao ex-deputado Carlos Rodrigues, que se recusou por duas vezes a vir ao Conselho de Ética depor sobre o caso. Alencar pretende dar mais tempo para Carlos Rodrigues comparecer. Caso o ex-deputado não venha depor, o relator espera concluir seu parecer até 9 de janeiro.
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