Tasso: declarações de Lula o aproximam de Chacrinha
Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), rebateu a declaração do presidente Lula, feita na última sexta-feira em Montevidéu, de que a oposição "tenta fazer golpismo".
VELHO GUERREIRO
"Acho que cada vez mais o presidente parece estar confuso, intranqüilo, com idéias desencontradas e pouco claras em relação ao governo, às explicações sobre economia e política e sobre o entendimento da crise. Parece o Chacrinha [animador televisivo], que nos velhos tempos dizia 'vim aqui para confundir, não para explicar'", afirmou Tasso ao jornal Correio Braziliense. Já o líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP), considera que "Lula está emocionalmente desequilibrado em virtude da perda gradativa de respaldo e de credibilidade perante os brasileiros". Segundo Goldman, não há um elemento sequer que permita ao presidente fazer esse tipo de ataque. "Basta lembrar que, apesar da pressão de alguns setores, estamos fazendo o possível para não ingressar com um pedido de impeachment", exemplificou. De acordo com o líder, a intenção do PSDB é derrotar o petista nas urnas nas eleições do próximo ano, de forma legítima e democrática.
NÚMEROS
Pesquisas de opinião divulgadas recentemente endossam a avaliação de Goldman sobre a perda de credibilidade de Lula. Ontem, por exemplo, levantamento da Federação do Comércio do Estado de São Paulo mostrou que 65% dos paulistanos não votariam em Lula em 2006. Ainda segundo a pesquisa, que ouviu mil pessoas, a nota que os entrevistados dão ao governo caiu de 5,63 em janeiro para 3,93 neste mês. Já na última pesquisa CNT/Sensus, divulgada no final de novembro, Lula teve a pior avaliação desde a posse. A desaprovação ao seu governo atingiu 44,2% e 46,7% dos entrevistados disseram que não votariam no petista em hipótese alguma em 2006. O levantamento ouviu duas mil pessoas. Não é a primeira vez que o presidente da República levanta essa tese do golpismo. No auge da crise política, o petista tentou culpar a oposição pelas turbulências em seu governo e no PT, mas se viu obrigado a recuar em virtude da péssima repercussão de suas declarações.
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