PF aponta foco de tráfico de armas em região entre MS e RS

O chefe da Divisão de Combate ao Tráfico de Armas da Polícia Federal, Wantuil Luiz Cordeiro, afirmou há pouco que a região fronteiriça do Brasil entre o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso do Sul é freqüentemente utilizada por traficantes de armas, especialmente no trecho que separa o País do Uruguai e da Argentina. Em depoimento na CPI do Tráfico de Armas, o delegado ressaltou que a Polícia Federal mantém contatos com autoridades nessas regiões para trocar informações e buscar um trabalho conjunto e de integração com os países vizinhos. "Sozinho, o Brasil não teria condições de combater o problema", afirmou.
Para exemplificar a situação na região fronteiriça, ele lembrou a recente prisão de duas mulheres que portavam cinco granadas em um ônibus que ia de Medianeira (PR) para o Rio de Janeiro. Segundo o delegado, o armamento é proveniente do Paraguai e chegou ao Brasil pela ponte da Amizade.
Operações
Cordeiro fez ainda uma exposição das principais operações realizadas pela Polícia Federal a partir de 2004 - com destaque para as operações Gatilho, Chumbo Grosso e Armada -, que apreenderam um total de 848 armas, 1,169 milhão de munições, além de 2,190 milhões de acessórios e componentes de armas. Ele se disse especialmente preocupado com a quantidade de munições comercializada sem controle e citou a existência de registros de venda de munição em pequenos comércios no interior do País.
A audiência pública da CPI prossegue no plenário 11.
As informações são da Agência Câmara.