Campanha pede fim do voto secreto no Congresso Nacional
Brasília – Os parlamentares do Psol (Partido do Socialismo e da Liberdade) lançam na terça-feira (28), no Congresso Nacional, a campanha "Quero saber como meu representante vota". Desde sexta-feira (24), os deputados do partido recolhem assinaturas, em lençóis, de eleitores em vários estados pelo fim do voto secreto nas votações no Congresso Nacional. No Distrito Federal, a deputada Maria José Maninha, do PSol, já recolheu em torno de seis mil assinaturas pelo fim do voto secreto.
Desta vez, ao invés do eleitor assinar em uma lista de papel, o eleitor assina em um lençol branco que tem no centro uma bandeira do Brasil e os dizeres "fim do voto secreto já". Esses lençóis assinados serão estendidos em frente à rampa do Congresso, às 15h30 (horário de Brasília), pelos parlamentares e militantes do partido. Da rampa, os lençóis serão levados ao Salão Verde da Câmara para serem entregues ao presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Também no mesmo horário será lançada a Frente Parlamentar pelo Fim do Voto Secreto.
Os seis deputados do Psol, entre outros parlamentares, têm defendido o fim do voto secreto nos processos de cassações de deputados. O apelo para mudança no sistema vem desde que a Câmara começou a votar as representações contra parlamentares acusados de envolvimento no chamado "mensalão" (pagamento de mesadas a parlamentares em troca de apoio ao governo). O grupo do Psol tem usado a tribuna da Câmara para atacar o voto secreto, argumentando que essa modalidade de votação está permitindo que "acordões sejam articulados e levados a termo", afirma a deputada Maninha (Psol-DF). Segundo ela, engana-se quem acha que o povo não está vendo o que acontece nos bastidores do Congresso nessas votações. "O povo não é bobo. O povo quer saber como cada deputado vota e quer a punição dos corruptos. Toda essa lama tem que ser passada a limpo", disse a deputada, em entrevista à Agência Brasil na manhã deste domingo.
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