Conselho aprova cassação de José Mentor
Acusação e defesa
José Mentor é acusado de beneficiar-se de recursos do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do esquema do "mensalão". O deputado recebeu R$ 120 mil da empresa 2S Participações, pertencente ao empresário Marcos Valério e sua mulher.
Em sua defesa, o petista argumentou que o repasse foi feito como pagamento pela elaboração de três pareceres jurídicos do seu escritório de advocacia para o escritório Tolentino, Melo e Associados. O escritório presta serviços a Marcos Valério. Um dos sócios da banca, o advogado Rogério Tolentino, também é sócio do empresário em outra empresa, a Tolentino & Melo Assessoria Empresarial.
Os votos
Votaram a favor do relatório os seguintes deputados: Orlando Fantazzini (Psol-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), Moroni Torgan (PFL-CE), Chico Alencar (Psol-RJ), Jairo Carneiro (PFL-BA), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), Benedito de Lira (PP-AL) e o próprio relator Nelson Trad.Manifestaram-se contra o relatório, portanto favoráveis à manutenção do mandato de Mentor, os deputados Ann Pontes (PMDB-PA), Neide Aparecida (PT-GO), Josias Quintal (PSB-RJ) e o relator anterior, Edmar Moreira.
Testemunha
O conselho ouve agora o aviador Carlos Eduardo Navarro, como testemunha de defesa no processo contra o deputado Vadão Gomes (PP-SP). O parlamentar é acusado de receber R$ 3,7 milhões do suposto esquema do "mensalão". Segundo Marcos Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, os pagamentos teriam sido feitos em espécie diretamente ao deputado, em duas ocasiões, em um hotel de São Paulo.
Em sua defesa, Vadão Gomes garantiu que não recebeu o dinheiro e negou qualquer envolvimento com Marcos Valério e Delúbio. O parlamentar prometeu comprovar que não esteve em São Paulo nas duas datas em que teria recebido o dinheiro.
O encontro ocorre no plenário 9.
As informações são da Agência Câmara, com reportagem de Luciana Mariz e edição de Sandra Crespo
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