Investigações da CPI provocaram mudanças em todos os Poderes, diz Delcídio
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), ao iniciar a reunião de leitura do relatório final nesta quarta-feira (29), fez um balanço sobre os dez meses de trabalho "da comissão mais acompanhada da história do Congresso Nacional". Ele destacou que, mesmo com possíveis "idiossincrasias", é impossível negar os resultados obtidos, com modificações importantes em todos os Poderes da República.
- Hoje começamos a escrever um capítulo importante da história política do país e do Congresso Nacional - disse
Delcídio destacou que o desentendimento entre os parlamentares e uma possível dificuldade em aprovar a peça final só vão levar à impunidade dos corruptores. Ele pediu "lucidez, equilíbrio e serenidade" para votar o relatório e evitar um resultado desastroso, como o de outras CPIs, que sequer tiveram seus relatórios finais votados.
- E ninguém aqui vai compactuar com a impunidade - ressaltou.
O senador lembrou que a comissão sempre se pautou pelo enfrentamento político, tendo travado muitos debates, e que muita coisa mudou "mesmo com as idiossincrasias atravessando nosso trabalho".
O documento, que será analisado pelo Congresso, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, como fez questão de lembrar Delcídio, também será avaliado pela sociedade, que vai julgar a classe política nas próximas eleições, já que os maiores prejudicados, em sua opinião, são o país e os cidadãos.
- E eles vão mostrar todo o seu descontentamento e frustração nas urnas - alertou.
Após a conclusão da leitura, será concedida vista coletiva aos parlamentares até a próxima terça-feira (4), às 10h.
Serraglio
Antes de iniciar a reunião, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou ter "cumprido seu dever" ao elaborar o relatório.
- Trabalhei no limite do que podia - disse
Ele destacou estar satisfeito com o trabalho feito e disse esperar "corresponder às expectativas". O deputado admitiu ainda que possa existir um relatório paralelo porque, como destacou, "não é dono da verdade".
Fonte: Elina Rodrigues, repórter da Agência Senado
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