Senado homenageia Leonel Brizola
Durante as homenagens, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) - responsável pela realização da sessão e o primeiro a discursar - destacou a luta de Leonel Brizola pela democratização da educação no Brasil. Para Cristovam, se Brizola estivesse vivo, "defenderia uma revolução na educação brasileira".
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), por sua vez, destacou a integridade e a capacidade de administrar de Brizola. Para Simon, o ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul foi um dos maiores homens públicos do Brasil e "entrou para a História pela porta da frente".
As informações são de Silvia Gomide, repórter da Agência Senado
Comentário do blog: Entrevistei, pela primeira vez, em 1985 ou 1986, o governador do Rio, Leonel Brizola. Ele estava ao lado de Darcy Ribeiro, na Rua do Catete, inaugurando o CIEP (Centro Integrado de Educação Popular) Tancredo Neves, presidente eleito pelo Colégio Eleitoral do Congresso Nacional, e que morreu em 21 de abril de 1985, antes de assumir a Presidência da República.
Foi uma grande figura da política nacional. Naqueles tempos, os nosso carros de reportagem, do Sistema Globo de Rádio - e todos os pertencentes às Organizações Globo - não eram muito bem recebidos pelos seus correlegionários.
Mas sempre fiz entrevistas com ele, nas ruas, no Palácio Guanabara; no diretório do PDT, no Centro do Rio - onde quase viraram o carro de reportagem onde eu estava com o motorista e amigo Paulo -, em frente ao seu apartamento, na Avenida Atlântica; e em tantos outros lugares.
Como editor nacional, no estúdio de jornalismo, lembro-me como se fosse ontem do trabalho que os discursos do governador Brizola exigia da nossa equipe. Como ele falava pausadamente, eu e o operador do estúdio tinhamos que editar todo o trecho que seria levado ao ar, "cortando" nos gravadores profissionais, de rolos, Revox PR-99, os trechos em que o engenheiro permanecia em silêncio.
Brizola merece as homenagens. Tinha uma grande preocupação com a educação.
As críticas que eu ouvia, principalmente em delegacias de polícia, naqueles bons tempos, eram relacionadas com o combate aos traficantes de drogas que se escondiam nos morros. Muitos delegados comentavam comigo que "o governador não deixa nossas equipes subir os morros para prender os bandidos."
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