Votos consolidam minha liderança, diz Delcídio
Senador Delcídio do Amaral discursa durante comício na Aldeia Bananal, no município de Aquidauana
Entrevistei, há pouco, na rádio Independente, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Perguntei quais foram os principais acertos e os erros que ele teve durante a sua campanha para o governo do Estado.
Ele respondeu que "praticamente repeti a minha votação para o Senado [em 2002], quer dizer, hoje eu sou uma liderança política que tem consolidados, aí, entre 450 e 500 mil votos; isso é 40% do eleitorado do Estado [de Mato Grosso do Sul] ou meio milhão de votos; então, isso mostra que eu tenho uma base eleitoral forte no Estado e com votos que eu conquistei."
Para o senador Delcídio do Amaral, "inegavelmente, a despeito de todas as dificuldades – é importente destacar –, na eleição para o Senado, que é dobrada, porque eram duas vagas; um [dos candidatos] fazia dobradinha com outro; então, na verdade, você tinha a ajuda de muitas pessoas; nessa eleição [para governador, em 1.º de outubro] não, pois eu tive praticamente a mesma votação, mas numa eleição solitária, solteira."
Delcídio do Amaral afirma que, devido a essas peculiaridades desta eleição, ele consolidou os seus votos ao longo dos três anos e meio de mandato, desde a sua eleição para o Senado, em 2002. Para ele, os votos são o resultado de um trabalho "e do desempenho como senador da República, como líder do PT, como presidente da CPMI dos Correios e por todos os recursos que trouxe para investir e desenvolver o nosso Estado [de Mato Grosso do Sul]."
Na avaliação de Delcídio, os votos obtidos na eleição do domingo (1.º) "mostram que as suas idéias se consolidaram, mostrando que sou um político moderno, atuante, que olha para o futuro, que quer gerar empregos, ligado à educação; então, esses pontos consolidam uma posição minha, muito forte, no aspecto político."
Quanto aos problemas enfrentados na eleição estadual, o senador Delcídio do Amaral destaca que "vivia atarefado, durante esses três anos e meio de mandato; eu fui líder de partido no Senado, que é uma Casa difícil, porque nós somos minoria e para aprovar qualquer projeto é uma dificuldade; eu fui presidente da CPMI dos Correios, comecei minha campanha [para governador de Mato Grosso do Sul] 45 ou 60 dias antes das eleições, sem uma estrutura adequada, porque eu não tive tempo de preparar tudo o que eu precisava para a campanha."
Para ele, esses foram os pontos fundamentais a se destacar no tocante aos problemas enfrentados. Mas o senador Delcídio do Amaral acha que "também marcamos uma posição [em Mato Grosso do Sul], pois o passado ficou com o ‘outro lado’ [referindo-se ao candidato eleito governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), cujo partido governou o estado antes de Zeca do PT, eleito em 1998 e reeleito em 2002]; nós temos as reais condições, com os partidos aliados, de construir, realmente, um projeto novo para o Estado, que vai, mais do nunca, sinalizar com um Mato Grosso do Sul diferente, moderno, tecnológico, com pessoas focadas no bem-estar da população e que fazem política em prol da nossa gente e não olhando para o próprio umbigo, esquecendo que a razão de ser, de uma carreira e de uma vida política, é a população."
Delcídio do Amaral ressalta que a posição marcada, por ele e o seu grupo político, é de "contrariedade àquilo tudo que, infelizmente, Mato Grosso do Sul viveu durante décadas e, portanto, nós temos reais condições, agora, fazendo uma leitura equilibrada, construir o projeto de 2008 e, depois, consolidar o projeto de 2010; está na nossa mão agora, mas fazendo sempre uma avaliação fria, crítica e serena do que aconteceu, do que nós acertamos e do que nós erramos, para que realmente 2008 e 2010 sejam anos importantes para a construção de um novo Mato Grosso do Sul, que realmente resgate a auto estima da nossa gente e do nosso povo, que vai efetivamente construir um futuro de progresso."
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