Abel diz que nem conhece empresas beneficiadas por Vedoin
Abel Pereira disse que teve facilidade de conseguir a audiência com o ministro por ser um empresário estabelecido há 35 anos em Piracicaba (SP), cidade de Barjas Negri. Após a audiência, o ministério liberou o convênio com o prefeito.
Empresas e cheques
O empresário disse desconhecer as empresas para as quais a família Vedoin teria repassado dinheiro em nome dele (Kanguru Factoring Sociedade de Fomento Comercial, Datamicro Informática e Império Representações Turísticas). "Não conheço essas empresas, não tenho contato com elas, nem sequer sei se existem."
O vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que a documentação encaminhada à CPMI mostra que três cheques das empresas de Vedoin apresentam, no verso, a inscrição "pagos ao senhor Abel". O empresário respondeu que só tomou conhecimento desses cheques pelo que viu no inquérito contra ele. Pereira também disse que já pôs à disposição o seu sigilo bancário e fiscal.
Vedoin e o dossiê
Abel Pereira disse que nunca teve relação comercial com a família Vedoin. Ele afirmou que conhecia Darci e Luiz Antônio Vedoin e que teve dois ou três encontros casuais com eles em Brasília. Além disso, declarou que já esteve na empresa deles e que os Vedoin já estiveram em sua empresa. Pereira informou que, certa vez, eles conversaram sobre uma possibilidade de parceria na criação de gado, mas o negócio não foi concretizado.
O depoente confirmou, ainda, que foi procurado por Luiz Antônio Vedoin em agosto deste ano, em um shopping de São Paulo, quando este ofereceu documentos que comprometeriam o senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Os documentos comprovariam que o senador atuou na liberação de verbas na saúde. Segundo Abel, Vedoin queria repassar essa documentação ao PSDB. O depoente informou, no entanto, que não conhecia a cúpula do partido, nunca foi filiado ao PSDB e apenas conheceu Barjas Negri.
"Esse encontro foi totalmente inútil para o Vedoin. Não dei importância, não me interessou o que ele ofereceu." Abel Pereira declarou que Vedoin pode ter achado que ele tinha ligações com o PSDB por ter doado recursos à campanha de Negri à prefeitura de Piracicaba em 2003.
A reunião da CPMI prossegue na sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
As informações são da Agência Câmara
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