Governo negocia empréstimo com Banco do Brasil para pagar salários
Todos aprovaram a proposta feita pelo governador ao Banco do Brasil. André Puccinelli propôs à diretoria do BB que seja feito empréstimo aos servidores, através de CDC, sem cobrança de juros. O governo se compromete a pagar o empréstimo em seis parcelas, a partir de 25 de fevereiro.
O governador entregou aos sindicalistas cópias de documentos que demonstram a situação financeira do Estado, como dívidas já pagas e a pagar, além do extrato bancário do governo. Tudo para comprovar que a administração estadual não tem como pagar integralmente os salários do mês de dezembro. A folha líquida é de R$ 135 milhões.
“Nós gostaríamos de quitar essa folha, mas não tem como. Estou entregando os documentos para comprovar o que estou dizendo. Se alguém encontrar algum erro nessas contas, eu reconsidero”, ponderou Puccinelli. Já em relação aos salários de janeiro, o governador garantiu que vão ser pagos até o dia 9 de fevereiro.
Inicialmente, o governador fez duas propostas aos representantes dos servidores. A primeira seria pagar toda a folha em seis parcelas, a partir do dia 25 de fevereiro. A segunda seria pagar integralmente quem ganha até R$ 500 ou R$ 1000,00, conforme eles decidissem. Segundo informações apresentadas pela equipe do governo, 14.521 servidores recebem até R$ 500,00. O pagamento integral seria de R$ 5,8 milhões. Já para pagar os funcionários que ganham até R$ 1000,00, o governo teria que depositar R$ 20,4 milhões.
CDC – As duas propostas geraram discussões entre os sindicalistas até que o governador resolveu chamar os representantes do Banco do Brasil para participarem da reunião. Puccinelli informou então que também apresentou uma proposta ao Banco do Brasil para que a instituição emprestasse o valor da folha – R$ 135 milhões – ao governo, sem cobrar juros. A resposta teria sido negativa. Porém, na reunião, um dos representantes do banco lembrou que há condições de emprestar o dinheiro direto para o servidor.
A partir daí, a reunião tomou outro rumo. Os representantes dos sindicatos passaram a cobrar do banco a possibilidade do empréstimo. E o governador informou que, se não houver acordo, vai leiloar a folha de pagamento dos servidores. A primeira instituição que já apresentou interesse seria o Bradesco.
Repercussão- Segundo Marcelo Vargas, presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Policia de MS) o funcionalismo não pode ser sacrificado com o parcelamento dos salários. “Não podemos admitir que o servidor seja sacrificado com impostos e juros, sem ter salário. Isso não é justo. O Banco do Brasil deve ceder à proposta de empréstimo para que o servidor receba seu salário integralmente” afirmou Vargas.
Além do governador André Puccinelli, do secretário de Fazenda, Mário Sérgio Lorenzetto e representantes do Bando do Brasil, vão participar da reunião com o Banco do Brasil lideranças sindicais dos servidores públicos da saúde, educação, policiais militares e bombeiros, delegados, fiscais de renda e agentes tributários estaduais, professores e procuradores do Estado.
As informações são de Daniela Benante
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